Dica do Dr. Vicente – XIXI NA CAMA

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Dica do Dr. Vicente – Uma coluna com dicas para melhorar sua saúde, bem-estar e qualidade de vida, com informações práticas e atualizadas

Um problema que algumas crianças apresentam na infância é a enurese noturna, o famoso “xixi na cama”.
Enurese é a eliminação acidental de urina durante o sono em crianças com idade igual ou superior a cinco anos. Ocorre em 5% a 10% das crianças com menos de dez anos de idade e é mais comum em meninos.

As crianças geralmente não têm controle sobre o esfíncter da bexiga, o músculo que impede a saída da urina. É normal que até os 4 anos a criança perca alguma urina enquanto dorme. A enurese é considerada apenas quando ocorre em crianças entre cinco e dez anos.

A bexiga armazena a urina. Quando ela se enche, envia uma mensagem ao cérebro, que torna consciente o desejo de urinar, despertando a pessoa. Se alguma dessas etapas estiver comprometida, a pessoa sofre de enurese.

Principais causas:

• Sono muito profundo;
• Muita produção de urina pelos rins durante a noite;
• Bexiga reativa, que expulsa a urina, mesmo sendo pouca;
• Pode ser hereditário, se acontece na família;
• Algumas doenças podem induzir ou agravar a enurese;
• Mais raramente, pode ser causada por fatores emocionais;

É comum, na criança afetada, a ansiedade e dificuldades – como evitar dormir fora de casa ou frequentar acampamentos – a diminuição da autoestima, o sentimento de culpa e um comportamento retraído. Isso, em geral, reverte-se com a cura.
Os pais devem garantir à criança que ela não tem culpa e devem encorajá-la a manter suas atividades sociais.

Recomenda-se que a pessoa ingira mais líquidos a cada 2 ou 3 horas durante o dia, o que reduz a sede à noite. A pessoa deve evitar alimentos ricos em sal, cafeína e refrigerantes no jantar. Deve-se incentivar o xixi a cada 2 ou 3 horas durante o dia, e anotar diariamente as noites secas ou com enurese, o que permite acompanhar melhor os progressos.

Geralmente a enurese apresenta cura espontânea com o passar do tempo.
Quando for necessário tratamento, o pediatra deve prescrever e acompanhar, podendo contar com a ajuda profissional de fisioterapeuta, nutricionista e psicólogo.

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