Eleições 2022

Deputados eleitos por SC gastaram mais de R$ 40 milhões nas campanhas

Fábio Schiochet (União Brasil) e Sérgio Motta (Republicanos) lideram os “rankings de despesas”. Levantamento exclusivo mostra o quanto os 56 eleitos, entre estaduais e federais, gastaram

14/11/2022

As eleições gerais de 2022 envolveram uma intensa distribuição e gastos de verbas entre partidos e candidatos durante o período eleitoral. Só em Santa Catarina, o número de postulantes aos cargos de deputados federais e estaduais superou os 900.

O preço para a eleição não foi baixo: os 56 eleitos para as 40 vagas na Assembleia Legislativa e 16 na Câmara dos Deputados gastaram, em média, R$ 720 mil em suas campanhas.

Mas é claro que, dentro deste cenário, alguns contaram com mais recursos do que outros.

Os líderes dos “rankings de despesas” tiveram campanhas milionárias: o deputado federal reeleito Fábio Schiochet (União Brasil) declarou uma despesa de R$ 2,5 milhões, enquanto entre os deputados estaduais eleitos o primeiro lugar ficou com Sérgio Motta (Republicanos), que desembolsou R$ 1 milhão.

Quem menos usou verbas para se eleger foi o candidato Mário Motta (PSD), que conquistou uma vaga na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) com despesas de R$ 78,6 mil.

 

Para chegar em Brasília, o mínimo gasto por um candidato eleito ao cargo de deputado federal foram os R$ 441,3 mil utilizados por Carol de Toni (PL), que foi a candidata mais votada do Estado.

Publicidade e mobilização de rua lideram os gastos

Da metade de agosto até o início de outubro, quem não se deparou com bandeiras, adesivos e panfletos de candidatos pelas ruas? Principalmente nas disputas com tantos nomes, como é o caso das corridas eleitorais para deputado estadual e federal.

A área da publicidade foi a campeã de gastos. Os deputados federais desembolsaram R$ 10,3 milhões. Metade desse valor foi gasto pelos candidatos em material impresso (R$ 5,4 milhões).

Entre os deputados estaduais, as despesas em publicidade somaram R$ 8,1 milhões – sendo R$ 4,1 milhões em materiais impressos.

Eventos e mobilizações de rua também tiveram destaque. Os 16 deputados federais eleitos gastaram R$ 4,2 milhões nessas atividades, enquanto os estaduais somaram mais de R$ 770 mil.

Candidato tem dívida de campanha superior a R$ 300 mil; entre os 40 deputados estaduais, contas fecharam

Dois candidatos gastaram mais do que receberam em suas campanhas: os deputados federais eleitos Fábio Schiochet e Daniela Reinehr (PL).

Enquanto a dívida da ex-vice-governadora é de R$ 7,8 mil, o deputado reeleito do União Brasil chegou a um valor de R$ 305,8 mil.

Já entre os 40 deputados estaduais eleitos em Santa Catarina, nenhum apresentou déficit financeiro.

Maior parte dos gastos é de dinheiro público

Desde 2018, com a criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, e também com o uso do Fundo Partidário, a verba retirada dos cofres públicos é a principal fonte dos recursos utilizados pelas campanhas políticas.

Entre os deputados federais, R$ 20,6 milhões do total dos R$ 25,2 milhões de despesas vieram destes fundos. Entre os deputados estaduais, o percentual é um pouco menor, mas o dinheiro público ainda representa a maior parte da fatia.

São R$ 8,3 milhões dos fundos eleitoral e partidário de um total de R$ 15,3 milhões gastos.

Devoluções aos cofres públicos vão de centavos a mais de R$ 100 mil

Os candidatos que utilizaram menos de sua receita em suas despesas de campanha podem retornar valores, inclusive, claro, aqueles que vieram do dinheiro do contribuinte, como as verbas destinadas pelo Fundo Eleitoral e Fundo Partidário.

Entre os deputados federais eleitos, Júlia Zanatta (PL) foi a que devolveu o valor mais alto (R$ 107,9 mil) já o eleito Zé Trovão (PL) declarou uma sobra de R$ 0,17 do Fundo Eleitoral.

Em relação aos deputados estaduais, quase metade dos eleitos declararam algum tipo de devolução de verba pública. Foram 19 candidatos.

A maior devolução foi de R$ 5,8 mil (Padre Pedro, do PT) e a menor de R$ 0,01 (Luciane Carminatti, do PT).

80% dos candidatos usaram recursos próprios; montante chega a R$ 2,5 milhões

Apenas 11 dos 56 eleitos não utilizaram verbas do próprio bolso durante a campanha.

Os 16 deputados federais eleitos somaram R$ 845,9 mil, enquanto os 40 deputados estaduais eleitos outros R$ 1,7 milhão.

O deputado federal Jorge Goetten (PL) ocupa o primeiro lugar dessa lista, com um investimento de R$ 262,7 mil.

 

Conteúdo original publicado por Jornal de Brasília, ND+

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