Deputados debatem situação caótica da saúde em SC com a dengue
Deputados catarinenses lamentaram esta semana o avanço da dengue no estado, que lota postos de saúde, prontos atendimentos, hospitais e UTIs
11/04/2024
Deputados catarinenses lamentaram esta semana o avanço da dengue no estado, que lota postos de saúde, prontos atendimentos, hospitais e UTIs, e cobraram mais recursos de Brasília para debelar a doença propagada pelo mosquito Aedes aegypti.
“Cerca de 95% dos leitos de UTIs estão ocupados, enfermarias estão sobrecarregadas com a dengue e as doenças respiratórias”, afirmou Lunelli, que destacou a abertura, em Jaraguá do Sul, um dos epicentros do mosquito, de um centro de atendimento exclusivo para pessoas com suspeita, ou com a doença confirmada.
“A dengue é prioridade de todos, são mais de 10 horas esperando atendimento, é preciso priorizar o esforço na saúde”, insistiu Antídio, que lembrou a responsabilidade dos municípios, do Estado e da União na gestão da epidemia.
Os deputados Maurício Peixer, Emerson Stein e Massocco apoiaram Lunelli, mas ponderaram o esforço da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
“O governo tem feito sua parte com a aquisição de novos leitos de UTIs em todas as regiões; os municípios têm feito a sua parte, ampliando o horário de atendimento”, avaliou o deputado Emerson Stein.
“A dengue e a influenza sobrecarregaram todo o sistema, todos os hospitais estão colapsando”, admitiu Massocco, que acusou o governo federal, que comprou todas as vacinas disponíveis no mercado, de comprar vacinas contra a dengue para atender somente 1% da população.
Deputado e médico Vicente diz que a situação está pior
O deputado Vicente Caropreso citou o caso de Jaraguá do Sul e região e garantiu que a situação piorou. “Tenho a dizer que nos últimos dias na cidade de Jaraguá do Sul, que atende sete municípios, tem 40 pessoas no pronto socorro sem lugar para colocar e mais oito entubadas em pronto socorro. Tem alguma coisa errada nesta história toda”, disparou Caropreso.
O deputado cobrou mais solidariedade dos municípios e elogiou a atuação da SES.
“É muito fácil colocar na ambulância e mandar para o município sede”, finalizou o médico neurologista, que voltou a cobrar a vacinação das pessoas. “O pessoal não tem procurado a vacina”.
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