Daniel Alves é absolvido após mudar versão cinco vezes

O Tribunal de Justiça da Catalunha absolveu, nesta sexta-feira (28/3), o ex-jogador Daniel Alves da condenação por agressão sexual. A decisão foi unânime, com os juízes argumentando que as provas apresentadas não eram suficientes para manter a condenação. Alves estava em liberdade provisória desde o ano passado.

Ao longo do processo, Daniel Alves alterou seu depoimento diversas vezes. Inicialmente, negou conhecer a vítima. Depois, admitiu que entrou com ela no banheiro da boate Sutton, em Barcelona, mas afirmou que nada aconteceu.

Em outro depoimento, declarou que houve sexo oral consensual. Quando confrontado com imagens do local, mudou novamente a versão dos fatos. Após a perícia comprovar a presença de sêmen da vítima, ele afirmou que mentiu para proteger seu casamento com a modelo Joana Sanz.

Vítima manteve a mesma versão

 

Diferente do ex-jogador, a denunciante nunca alterou seu depoimento. Desde o início, ela afirmou que Daniel Alves a trancou no banheiro da boate, agarrou sua cintura, levantou seu vestido e tentou forçá-la a sentar em seu colo.

A mulher relatou ter recebido tapas no rosto e insistiu que pediu para sair do local diversas vezes, sem sucesso. Segundo ela, Daniel Alves tentou fazer sexo oral à força e, na sequência, a penetrou sem consentimento e sem preservativo.

Após o ocorrido, a vítima desmaiou ao ser atendida pela equipe da boate. Um laudo psicológico comprovou os transtornos causados pelo episódio.

Decisão polêmica

 

Apesar das contradições do ex-jogador e do depoimento firme da denunciante, o tribunal considerou que não havia provas suficientes para condená-lo. A absolvição gerou polêmica, reacendendo debates sobre a dificuldade de comprovação de crimes sexuais e a vulnerabilidade das vítimas no sistema judicial.

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