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Coluna: Turbulentas águas de março

Pois é, março foi até dia 31… E todos concordam que foi com certeza um mês de altos e baixos, em todos os sentidos. Desde os problemas para resolver no “quintal de casa”, como a alta de preços nos alimentos, considerando os custos do plantio, transporte, até chegar à mesa dos brasileiros, por conta das tragédias ambientais, como enchentes e secas, que afetam a produção agrícola e agropecuária. O calor excessivo e a escassez de água nos reservatórios, é bom lembrar, afetaram as produções leiteira, de ovos, e elevaram os preços nas gôndolas dos supermercados, quem não lembra? E a tabela dos cortes das carnes bovina, suína e de frango, então?

 

E essa carestia não acontece somente com os itens nacionais. Os produtos importados estão igualmente majorados, e como! Um bom exemplo é o azeite de oliva, que teve uma alta significativa em função da redução das safras das oliveiras na Europa. Haja jogo de cintura para esticar o orçamento! O jeito é seguir buscando promoções e decidir, criteriosamente, qual produto colocar no carrinho de compras…

 

 

O mundo em polvorosa

 

Na política internacional, o terceiro mês de 2025 trouxe um panorama de desestruturação e impasses nas negociações para o fim dos conflitos entre Rússia e Ucrânia, e Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza.  Apreensão é a palavra que mais define esses impasses, que podem respingar em diversos pontos do globo. Será que teremos uma 3a. Guerra Mundial? Os especialistas analisam os próximos passos. As medidas imperialistas do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causam apreensão, como o anúncio do aumento das taxas de importação de todos os continentes, a intenção de “anexar” o Canadá, Groenlândia, posse do Canal do Panamá, ameaças ao México, deportação em massa e cancelamento de 300 vistos temporários de universitários estrangeiros, acusados de “atividades politicas” por participarem de protestos… e por aí vai. E será que Trump criará manobras para concorrer a um terceiro mandato presidencial? Como vai ficar a cotação do dólar? E as importações? Como ficam os consumidores de sites como Shopee, Ali Express e Shein, que hoje ainda se beneficiam com a compra de produtos mais baratos? São muitas as perguntas para poucas respostas, nesse momento…

 

E no mês da mulher…

 

Também chamado de “Mês da Mulher”,  se formos fazer um breve retrospecto, mais uma vez as “águas de março” se apresentaram turbulentas para a existência feminina no mundo. Passadas as homenagens, saudações e tapinhas nas costas por conta do 8 de março, no Dia Internacional da Mulher, pouco ou nada mudou, porque as mazelas continuam as mesmas, dentro e fora do país. O que dizer das mães da Faixa de Gaza, no território Palestino, que estão sendo mortas como moscas ao lados dos filhos? As restrições dos direitos femininos e o domínio do patriarcado em grande parte dos países orientais, só para citar alguns? E na Espanha, onde o ex-jogador brasileiro Daniel Alves foi inocentado da acusação de estupro, pelo fato da Justiça Espanhola considerar “insuficiência de provas” da acusadora, mesmo com o exame de corpo de delito e a manutenção do mesmo depoimento do início ao fim do processo? A decisão, controversa, cabe recurso e ao mesmo tempo causa preocupação às mulheres vítimas de estupro, que temem a impunidade dos estupradores, mesmo em situações comprovadas, na Espanha e no resto do mundo, especialmente quando o acusado é uma “celebridade” e dispõe de fortuna.

 

Se formos  considerar a condição geral das mulheres no Brasil, os feminicídios crescem a olhos vistos, assim como o “movimento redpill”, encabeçado por misóginos que buscam desqualificar, desrespeitar, ignorar  e destruir todos os direitos femininos, conquistados ao longo de décadas de lutas pela igualdade de gênero. Salários mais baixos na mesma função e com maior qualificação também seguem ocorrendo.

 

Um  ponto positivo em relação à imagem da mulher brasileira, por vezes estereotipada e restrita a “samba e carnaval”, foi a consagração da atriz Fernanda Torres, que quebrou paradigmas, distribuiu carisma e teve o talento reconhecido internacionalmente no longa “Ainda estou aqui”, vencedor do Oscar. Ao lado da mãe, a grande dama da dramaturgia brasileira, Fernanda Montenegro, que está protagonizando o filme “Vitória”, Mas vamos olhar para frente e acreditar em Fernanda Torres de que “a vida presta!”.

Sônia Pillon

Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.

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