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Coluna: Socorrendo acidentes de transito

A cada ano o trânsito no Brasil causa cerca de 50 mil mortes e deixa 400 mil pessoas com algum tipo de sequela

21/02/2022

A cada ano o trânsito no Brasil causa cerca de 50 mil mortes e deixa 400 mil pessoas com algum tipo de sequela.

As maiores causas de acidentes de trânsito são excesso de velocidade, distração, cansaço ou sono, álcool ou drogas, não usar cinto de segurança, desrespeitar regras de trânsito; e falar, ler ou digitar no celular.

Acidentes podem acontecer perto de você, saiba o que se pode ou não fazer nessas horas.

Três passos importantes que podem valer uma vida:

  • Garanta a segurança do lugar: se você estiver dirigindo, pare seu veículo em lugar seguro e sinalize o local para não causar outro acidente.
  • Colha as informações do acidente: quantas vítimas são; se estão conscientes; se há alguém preso nas ferragens. Se estiverem acordadas pergunte o nome delas, o que houve e se sentem dor; tente acalmá-las e peça que não se movam. Caso haja lesão na coluna, se a pessoa se mexer ou se for movida de forma inadequada, pode haver sequelas para o resto da vida.
  • Peça socorro: ligue 193 e passe todas as informações que você já tem, eles saberão o tipo de socorro a ser prestado.

Quando for perigoso parar perto, verifique da melhor forma possível o que aconteceu, mesmo de longe, e ligue para o socorro.

Situações nas quais não se deve, de jeito nenhum, movimentar a vítima: se ela estiver inconsciente; com traumatismo craniano; com dor no pescoço, ou se não conseguir movimentar braços ou pernas.

Se a vítima estiver consciente, não alcoolizada e sem sentir dores é possível ajudá-la a sair do veículo e ir para um lugar seguro. Mas só ajude se tiver certeza disso.

Em acidentes de moto ou atropelamentos se a pessoa estiver de bruços, não tente virá-la para evitar danos na coluna que podem ser permanentes.

Mesmo que você tenha algum treinamento, nem sempre é seguro tentar auxiliar a vítima, porque muitas vezes é imprescindível o uso de materiais como o colar de imobilização para realizar os procedimentos.

Se você seguir os passos acima já ajudou muito.

Por

Médico Neurologista, Deputado Estadual SC e Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência

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