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Coluna: Refletindo sobre a paz em tempos de guerra

O mundo acompanha estarrecido as atrocidades cometidas com a guerra na Ucrânia. Desde 24 de fevereiro de 2022, com a invasão das tropas russas em solo ucraniano, o número de mortes cresce assustadoramente a cada dia, deixando um rastro de destruição que se prolonga há mais de um ano. E…

16/07/2023

O mundo acompanha estarrecido as atrocidades cometidas com a guerra na Ucrânia. Desde 24 de fevereiro de 2022, com a invasão das tropas russas em solo ucraniano, o número de mortes cresce assustadoramente a cada dia, deixando um rastro de destruição que se prolonga há mais de um ano. E sem perspectiva de acabar a curto prazo, ainda mais com a ameaça iminente do uso de bombas de fragmentação, proibidas em mais de 100 países. O risco de ser deflagrada uma 3ª Guerra Mundial paira no ar. Como tudo isso vai acabar?

E é nesse contexto que às 9h30 desta segunda-feira, 17 de julho, acontece a entrega da obra de restauro e instalação da Estação Cultural, na antiga estação ferroviária, na avenida Getúlio Vargas. O ato solene integra o calendário das comemorações dos 147 anos de fundação de Jaraguá do Sul. E é na Estação Cultural que está inserido o Museu da Paz, criado para refletir sobre a atuação dos pracinhas brasileiros na 2ª Guerra Mundial, especialmente os ex-combatentes do Vale do Itapocu. A reabertura do Museu da Paz ganha ainda maior relevância quando nos defrontamos com esse panorama geopolítico global.

O museu resgata fotos, equipamentos bélicos, objetos representativos e dados sobre a presença heroica dos expedicionários no palco de operações da Itália, que culminou com a derrota do nazismo de Adolf Hitler, em 2 de setembro de 1945. Para orgulho dos jaraguaenses, Carlos Hertel, o único ex-pracinha vivo desse conflito mundial na microrregião, com 100 anos de idade, possivelmente estará presente na solenidade.

E nunca é demais lembrar que a paz deve ser buscada, também, através de iniciativas individuais. Dedicar a vida ao exercício da paz, da conciliação e do humanismo pode fazer a diferença na família e na comunidade, especialmente com os ânimos exacerbados pós-pandemia. E isso não significa ser omisso, muito menos não se posicionar quando necessário. As pessoas precisam reaprender a dialogar, urgentemente.

Na obra “Encontro com a paz e outros contos budistas”, lançada em 2014 pela Giostri Editora, refleti sobre esse tema. Sem dúvida, lidar com nossos sentimentos frente aos problemas e dificuldades é um desafio interno que renovamos todos os dias.

Como disse sabiamente o líder indiano Mahatma Gandhi, “Olho por olho e o mundo acabará cego”.

Por

Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.

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