Coluna: Quantos amigos você tem?

A pergunta parece fácil, mas não é. Você já parou para pensar quantos amigos tem, de verdade? Quais as pessoas que, mesmo distantes geograficamente, pode contar para ouvir uma palavra amiga, ou salvar de um apuro, em um momento difícil?

Em primeiro lugar, esqueça os amigos das redes sociais, que fazem apenas número no ranking de engajamento. Embora muitos ali gostem e torcem verdadeiramente para você, a gente sabe que isso nem sempre acontece.

Como a própria expressão diz, “rede social” é um monte de gente convivendo no mesmo ambiente por razões distintas, seja por integrarem os mesmos grupos profissionais, de estudo, instituições e até mesmo por algum vínculo familiar. Há também os que se aproximam para aplicar golpes, ou simplesmente para “caçar” companhias, sem nenhum vínculo afetivo. Evidentemente, não podemos generalizar…

E não esqueçamos os “invisíveis”, aqueles que nunca interagem, mas estão sempre a postos para xeretar a vida alheia. Não curtem, não comentam, a não ser que tenham algo para criticar. E não me refiro a uma crítica construtiva, que essa é sempre bem-vinda quando vem na hora certa e pela pessoa certa.

Claro que em meio a esse “oceano” de amigos virtuais existem os que são boa gente, pessoas que nem sempre aparecem, mas que sentem respeito e consideração por você. Pessoas que mesmo encontrando esporadicamente, depois de longa data, demonstram bons sentimentos e são agradáveis e cordiais naturalmente, sem nenhuma máscara. Essas pessoas, sempre que encontrar, faça questão de gastar um tempinho para conversar, ou para dar um abraço apertado.

Existem verdades que só o tempo mostra, porque nem sempre enxergamos quando deveríamos, mesmo recebendo sinais, ou sendo alertados.

Existem frases que sempre procuro lembrar quando o tema é a amizade, como “amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito”, “amigo é aquele que suporta o teu sucesso”. Duas frases certeiras!

Não raro, você é surpreendido com gestos de pessoas que não são próximas, e não receberá  apoio justamente das que mais esperava ter.

Digo por experiência própria, de que é preciso encerrar o ciclo de relacionamentos tóxicos, ou que nada tem a acrescentar na sua vida. Prefira a paz de espírito. Ressignifique.

Recentemente li um pensamento, do qual desconheço a autoria, mas concordei cem por cento: “Que a gente se encante cada vez mais pela simplicidade, pelo que é de verdade, por tudo o que vier do coração”.

Portanto, a melhor maneira de levar uma vida mais leve é identificar o que precisa ser descartado, sem delongas: “Quando doer, exclua. Quando incomodar, evite. Quando chatear, ignore. Quando fizer mal, saia. Não podemos mudar as pessoas, mas podemos gerenciar nossas vidas!”(Autor desconhecido). Bora lá fazer uma “limpa”? Acredite, você não reduzirá amigos, mas sim, ampliará os seus horizontes.