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Coluna: Política & Políticos – Nomes no bolso

Por enquanto, tudo é mera especulação, diz o governador eleito Jorginho Mello (PL) sobre nomes para seu secretariado. E que devem ser anunciados na segunda-feira (5), promete. Nem tanto. No bolso direito do paletó Mello já tem nomes, resta, sim, a concordância dos partidos que devem compor a base de sustentação de seu governo na Assembleia Legislativa. Mas já há ruídos de discordâncias. É que nem todos os “prováveis” são unanimidades.

 

Passando o chapéu

Mello gastou a semana em Brasília. Foi se despedir do Senado- a cadeira agora é de Ivete Appel da Silveira (MDB) -e mendigar recursos federais que possam, de alguma forma, amenizar estragos causados pelas chuvas em Santa Catarina. Afinal, como amigo-irmão de Jair Bolsonaro (PL), Mello deve satisfações. Aliás, mendigar em Brasília é o que temos feito desde sempre.

 

Ver para crer

Reunido com a Comissão de Tributação e Finanças da Assembleia Legislativa, o secretário da Fazenda, Paulo Eli, que desembarca do cargo em dezembro, garantiu que Jorginho Mello (PL) receberá as finanças na cor verde. Exceto aquilo que se chama de “dívidas de legado”- os contratos cuja vigência passa de um governo para outro- não há dívidas com fornecedores.

 

CURTAS

*Muita expectativa sobre a análise já em andamento da prestação de contas do Tribunal Regional Eleitoral dos candidatos a cargos eletivos quanto aos recursos recebidos do Fundo Eleitoral. Ou do Fundo Partidário. Um deles, de Jaraguá do Sul, pode até ter o registro cassado se houver aplicação rigorosa da legislação pelo TRE. Tanto que, denunciadas as tramoias, já dá “explicações” desencontradas.

*Há casos escandalosos entre dezenas já conhecidos. Por exemplo, candidata a deputada federal, a Profª Angélica (nome na urna), do União Brasil de Joinville, fez míseros 1.122 votos. Mas recebeu R$ 1,625 milhão do Fundo Partidário. Em 2020, ela foi candidata a vice-prefeita de Joinville pelo DEM, em chapa liderada por Ivandro de Souza (Podemos).

*O ex-vereador Arlindo Rincos (UB/Jaraguá do Sul), levou R$ 600 mil e fez 1.623 votos. Outra penca de candidatos “faz-de-conta” foi beneficiada. Há uma lista com nomes de Guaramirim: esposas de vereadores, do motorista do prefeito, do diretor do Procon, do secretário de Planejamento, de estagiária da Câmara, entre outros. Supostamente cabos eleitorais contratados por R$ 10 mil.

*Para efeito de comparação, Arlindo Rincos fez ridículos 54 votos em Guaramirim. A denúncia feita pelo vereador Nilson Bylaardt (MDB) teve o efeito de uma bomba. Por isso, diz Bylaardt, está sofrendo ameaças. Em Santa Catarina o União Brasil é presidido pelo ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro. O deputado Fábio Schiochet é o 1º vice-presidente.

*Aliás, quatro deputados estaduais eleitos em 2 de outubro apresentaram irregularidades na prestação de contas, segundo o Tribunal Regional Eleitoral: Sérgio Guimarães e Marcos da Rosa, ambos do União Brasil; Jessé Lopes (PL) e Camilo Martins (Podemos). Não informaram sobre doações e despesas no prazo previsto. Ou, até mesmo, ainda pendentes.

*Assembleia aprovou projeto de lei do deputado Mauro de Nadal (MDB) dispensando a licença ambiental para obras de conservação, manutenção, pavimentação e revitalização de estradas vicinais (secundárias). Uma exigência ridícula, diga-se. O que falta, mesmo, é fiscalização por quem de direito. E em quase tudo.

*Joinville ganha radar meteorológico, com instalação já autorizada pela Defesa Civil de Santa Catarina. Será localizado no Bairro Boehmerwald, zona Sul da cidade, com abrangência de até 80km. Custou R$ 3,7 milhões, com R$ 1,3 milhão bancados pelo Estado. Um equipamento pelo qual Jaraguá do Sul não demonstrou interesse.

 

Quebrou, pagou!

Alunos de escolas públicas que danificarem, de forma intencional, a estrutura, instalações, móveis, equipamentos ou qualquer outro objeto de unidade educacional, vão arcar com o prejuízo se um projeto do deputado Ivan Naatz (PL) virar lei. Tentativa de conter o vandalismo.

 

Avaliação com BO

Pelo projeto, a direção da escola relatará os danos em registro de ocorrência policial (BO), com imagens fotográficas ou filmagens comprobatórias. Uma cópia do material também será enviada para o órgão público competente, que fará orçamentos para a ressarcimento dos prejuízos.

 

Sem álcool

Lautos jantares corriqueiramente oferecidos por governadores e prefeitos terão restrições (proibição) à compra de bebidas alcoólicas com recursos públicos. Curiosamente, o projeto do deputado Jessé Lopes (PL) não menciona a Assembleia Legislativa e nem as câmaras de vereadores. Que também bancam jantares regados a cerveja, vinhos, uísque, com dinheiro do mesmo cofre.

 

 

Celso Machado

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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