Coluna: Política & Políticos – MDB de Corupá com Jorginho

Ontem (3) o MDB de Corupá, que apoiou Carlos Moisés (Republicanos), alinhou-se a Jorginho Mello (PL), em nota oficial da Comissão Executiva presidida por Joney Cicero Morozozini, secretário da Educação. A executiva estadual do MDB, de maioria pró- Carlos Moisés (Republicanos) e presidida por Celso Maldaner, derrotado na corrida ao Senado (304.799 votos), também vai definir o rumo no segundo turno.  A tendência é “comer pela mão” do senador Jorginho Mello (PL).

 MDB de Jaraguá com Mello

O mais bolsonarista de todos os candidatos majoritários, o senador Jorginho Mello já teve apoio escancarado no primeiro turno do grupo de emedebistas de Jaraguá do Sul (um banho nas urnas, veja nota abaixo) que defendiam candidatura própria do partido ao governo do Estado. Entre eles, Antídio Lunelli, terceiro mais votado para a Assembleia Legislativa, e Carlos Chiodini, reeleito para a Câmara dos Deputados.

ELEIÇÃO

*Uma correção sobre nota da coluna de 4/10: a votação de Jorginho Mello, 1,5 milhão de votos no primeiro turno é histórica, sim. Mas o recorde, difícil de ser batido, ainda é de Raimundo Colombo (PSD): em 2010, com 1,8 milhão de votos e em 2014 com 1,7 milhão. Detalhe: nas duas vezes eleito já em primeiro turno.

*Uma curiosidade. Os dois deputados federais e os dois estaduais de Jaraguá do Sul são de origem italiana: Carlos Chiodini, Fábio Schiochet, Vicente Caropeso e Antidio Lunelli. Há quem diga que os quatro em um mesmo palanque (algo muito improvável) fariam mais barulho que a torcida do Juventus.

*Em Joinville, Jorginho Mello (PL) levou 46,73% dos votos contra 10,60% de Carlos Moisés (Republicanos) que tinha como vice o ex-prefeito (dois mandatos), Udo Döhler (MDB). Nada de novo, Udo não tem votos.  Além do que a presença de Jair Bolsonaro em Joinville na véspera da eleição do dia 2 simplesmente esmagou a dupla.

*De novo, vários institutos de pesquisas bateram cabeça em Santa Catarina, cada qual apontando os “preferidos” do eleitor. Erraram quase tudo. E feio! Por eles, Moisés estaria no segundo turno e Raimundo Colombo teria sido eleito senador com larga vantagem.

*Há quem defenda o fim das pesquisas eleitorais, cujo papel tem sido, historicamente, o de induzir eleitores que gostam de votar em quem “vai ganhar” a eleição. Outro exemplo: no dia 1º, véspera da eleição, o DataFolha apontou Lula com 50% ou 51% e Bolsonaro com 36%.

*Liderados por Clésio Salvaro (PSDB/Criciúma) cinco prefeitos tucanos do Sul anunciam adesão à candidatura de Jorginho Mello (PL). Salvaro chegou a articular chapa com Gean Loureiro (União Brasil) a govenador, João Rodrigues (PSD), prefeito de Chapecó a vice e ele próprio a senador. Mas desistiu. Aliás, Rodrigues também vai de Mello no segundo turno.

*Em Blumenau, terceiro maior colégio eleitoral de SC e base eleitoral de Décio Lima (PT), Jorginho Mello (PL) faturou 85.689 votos (43,75%). Lima ficou em segundo e levou 33.075 votos (16,89%). Carlos Moisés (Republicanos), apoiado pelo prefeito Mario Hildebrandt (Podemos) ficou com 22.609 votos (11,54%). Odair Tramontin (Novo) fez 22.120 votos (11,29%).

Votação de Mello no Vale

Coincidência ou não, Jorginho Mello (PL) venceu folgado nas urnas dos cinco maiores municípios do Vale do Itapocu onde quatro prefeitos (três do MDB e um do PP), três deles reeleitos em 2020, apoiavam Carlos Moisés (Republicanos). Em Guaramirim, fez 5.526 contra 2.740 do governador. Em Massaranduba Mello levou 12.241 votos contra 877 de Moisés.

Jaraguá consagrou Mello

Derrota do governador também em Corupá: 1.582 contra 4.643 de Mello e em Schroeder, 1.067 votos para Moisés com 5.668 mil para Mello. Em Jaraguá do Sul, único município do Vale onde o MDB de Antidio Lunelli, Carlos Chiodini e outras lideranças do partido apoiaram abertamente o candidato do PL, Jorginho arrebentou: fez 53.650 mil contra 8.710 de Moisés.

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