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Coluna: Política & Políticos – Lula e Tebet em SC
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12/10/2022
Senadora pelo Mato Grosso do Sul eleita em 2014, Simone Tebet (MDB) deve voltar a Santa Catarina em data ainda não marcada. Por aqui já esteve em agosto. Com Lula da Silva, vem pedir votos para ele e Décio Lima, compadre do ex-presidente e que disputa o segundo turno com Jorginho Mello (PL). Mas, em Santa Catarina, o grupo do MDB que apoiava a reeleição de Carlos Moisés (Republicanos), agora é Jorginho Mello (PL) até embaixo d’água.
Apoio anunciado
O convite à senadora, que mesmo antes do primeiro turno declarou apoio a Lula, foi do senador Dario Berger (PSB). Tebet e Berger, eleitos em 2014, ficam sem mandatos a partir de 2023. Com 4,9 milhões de votos, Simone Tebet obteve a terceira votação para presidente da República. Abaixo dela e só para lembrar, exceto Ciro Gomes (PDT) com 3,9 milhões de votos, sete candidatos fizeram entre 600 mil e 16 mil votos. De Santa Catarina a senadora levou 191.310 mil votos. A pergunta é: Tebet transfere votos?
ELEIÇÕES
*O Novo, agora, é 22. Governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema, foi o primeiro a declarar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Depois, Adriano Silva, prefeito de Joinville e, agora, o promotor Odair Tramontin, que disputou o governo do Estado. Ambos também apoiam Jorginho Mello (PL). Na prática, nenhuma relevância nas urnas visto a pífia votação do partido no primeiro turno.
*Além de Mário Hildebrandt (Podemos/Blumenau), também os prefeitos Topázio Neto (PSD/Florianópolis), Adriano Silva (Novo/Joinville), João Rodrigues (PSD/Chapecó), Clésio Salvaro (PSDB/Criciúma) e Jair Franzner (MDB/Jaraguá do Sul) abriram votos para Jorginho Mello (PL). São seis dos dez maiores colégios eleitorais do Estado.
*Manoel Dias, o sempre presidente estadual do PDT, posou para foto ao lado de Décio Lima e declarou apoio do partido ao petista no segundo turno. Jorge Boeira, candidato do PDT a governador, fez 24 mil votos. O partido não terá nenhum deputado federal. E só um estadual (reeleito).
*Se eleito governador, Jorginho Mello (PL) cede a cadeira de senador para a primeira suplente Ivete Appel da Silveira (MDB). Que, especula-se, deve se filiar ao PL. Com isso Santa Catarina teria dois senadores do PL. O outro é Jorge Seif, eleito em 2 de outubro.
*Ivete, já recebida em Brasília por Jair Bolsonaro (PL), se juntaria à bancada catarinense de seis deputados federais e aos outros oito senadores do PL eleitos em 2 de outubro. Na Assembleia Legislativa, a bancada do partido de JB e Jorginho Mello terá 11 deputados na próxima legislatura.
*José Serra (PSDB), senador não reeleito, ex-deputado federal, ex-prefeito de São Paulo (Capital), ex-governador de São Paulo e ex-ministro da Indústria e Comércio no primeiro governo de Fernando Henrique Cardoso, abraçou a candidatura de Lula da Silva (PT). Como já o fizeram FHC e Geraldo Alckmin, hoje meras caricaturas do que já foram politicamente para o país.
Como todo bom oportunista, o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), coordenador da campanha de Carlos Moisés (Republicanos) na região, bandeou-se para a candidatura de Jorginho Mello (PL), arqui-inimigo do governador. Mello, é claro, aceitou. Sabe que Hildebrandt não tem e nem transfere votos em volume capaz de lhe criar problemas no terceiro maior colégio eleitoral de SC. Mas ‘joga para a torcida’ que lhe deu 85,9mil votos no primeiro turno contra 33 mil de Décio Lima (PT), que tem sua base eleitoral em Blumenau.
O Plano 1000
Mário Hildebrandt, como muitos outros prefeitos agora agarrados à candidatura de Mello, tem projetos encaminhados ao Estado que dependem de recursos prometidos por Carlos Moisés com o Plano 1000 (mil reais por habitante). Proposta muito criticada por Mello, diga-se, como ferramenta para cooptar apoios. E que vai engavetar se eleito governador. Ocorre que, em ano eleitoral, não deu tempo legal para obras novas como manda a lei eleitoral. E aí, boa parte dos apoiadores desmilinguiu-se.