Coluna – Política & Políticos – Jorginho Mello e Bolsonaro

Fechadas as urnas, Jorginho Mello, Jorge Seif (PL), eleito senador, e o empresário Luciano Hang (Havan) já costuravam nova visita de Bolsonaro a Santa Catarina. Que concordou e estará hoje (11) em Balneário Camboriú, para um encontro com prefeitos de partidos aliados. É convidado da Oktoberfest, onde já esteve em 2015, quando ainda deputado federal. Mas ainda não disse se voltará antes do dia 30. Lula da Silva (PT) também voltará a SC, mas ainda não há uma data definida. Em BC, Bolsonaro fez 55.235 votos (68,36%). Lula levou 19.270 votos (23,85%).

 

Campanha turbinada

Em Balneário Camboriú Jorgino Mello (PL) fez 40.136 mil votos (53,89%) contra 11.782 mil votos (15,82%) para Décio Lima (PT). Era previsto que as urnas do primeiro turno produzissem resultados que levassem Jorginho Mello (PL) para o segundo tempo da disputa até com alguma folga. Mas, não há como negar que a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Joinville no dia 1º de outubro, rendeu ao senador uma votação espetacular, talvez sequer sonhada por ele mesmo. Afinal, ele abriu 800 mil votos de vantagem.

 

ELEIÇÕES

*Deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB) elegeu seu sucessor na Câmara dos Deputados. É Rafael Pezenti (MDB), seu ex-chefe de gabinete, que já foi devidamente apresentado ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Mendonça é bolsonarista convicto e o seu pupilo também.

*André Motta Ribeiro (Republicanos), ex-secretário estadual da Saúde durante o auge da Covid 19, não se elegeu deputado estadual. Voltou à secretaria, mas já foi nomeado como superintendente dos Hospitais Públicos gerenciados pelo Estado em ato assinado pelo governador Carlos Moisés (Republicanos).

*Luciano Bulligon (Republicanos), ex-prefeito de Chapecó e ex-secretário do Desenvolvimento Econômico também não se elegeu como deputado estadual. Mas, fica até o final do governo de Moisés, agora na função de assessor especial da Casa Civil.

*A deputada federal catarinense reeleita, Caroline de Toni (PL), deve acompanhar o presidente Jair Bolsonaro (PL) nestes últimos dias de campanha, tentando atrair mais votos das mulheres. Dos 16 federais catarinenses eleitos, Caroline foi, disparado, a mais votada: 227.632 mil votos.

*O ex-governador Paulo Afonso Evangelista Vieira (MDB) anunciou que votará em Décio Lima (PT) neste segundo turno. O que não influi em absolutamente nada. Mas o PT, segundo líderes da Executiva estadual, teria oferecido seis secretarias de Estado para ter o apoio do MDB. Que já decidiu alinhar-se a Jorginho Mello (PL).

*Um “aceito” nem seria de estranhar. PT e MDB andaram juntos no segundo turno da eleição majoritária de 2002. Luiz Henrique da Silveira (MDB) declarou voto em Lula da Silva (PT) e venceu Esperidião Amin (PP) por 20 mil votos, tirando vantagem de 500 mil votos. E marcando a única vitória de Lula em SC até hoje.

*Com 48.466 mil votos conquistados em 288 dos 295 municípios catarinenses, o deputado estadual Marcos Vieira (PSDB) vai para seu sexto mandato e passa a ser o parlamentar mais antigo da Assembleia Legislativa. É o mesmo número de mandatos de Moacir Sopelsa (MDB), que não disputou a reeleição. Romildo Titon (MDB), com sete mandatos, foi enquadrado na lei da Ficha Limpa e não obteve registro.

PSD encolhendo

Das quatro cadeiras que tinha na Assembleia Legislativa o PSD fez três. Dos 16 federais, fez apenas um. Agora, a executiva do partido decidiu pela neutralidade no segundo turno entre Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT). Na eleição presidencial, porém, a ordem é apoiar Jair Bolsonaro (PL), embora a cúpula nacional já tenha se acertado com Lula da Silva (PT).

Nada de novo

Aliás, da mesma forma que o MDB com o vice Michel Temer, o PSD também já esteve enfiado em governos de Dilma Rousseff (PT). Ela que, em Santa Catarina, teve todo apoio do partido no segundo mandato, quando Raimundo Colombo (PSD) era governador. Com a promessa de duplicação das BRs-280 e 470 em prazo de cinco anos.