Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)
Coluna: Política e Políticos- Nova ameaça do STF
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22/11/2022
O STF ameaça entregar aos conselhos tutelares crianças cujos pais estão nestas manifestações de rua, porque elas estariam em situação de vulnerabilidade. Mas crianças à frente do MST nas invasões de propriedades alheias, pode! Lá do Supremo Tribunal Federal também veio a ordem de Alexandre de Moraes para multar empresários que estariam financiando as manifestações pós- eleições. Mas lá nunca ninguém se incomodou em saber quem financia o MST.
Crianças no acampamento
No acampamento de Curitiba, do “Lula Livre” (585 dias) também havia crianças. Mas em nenhum momento houve qualquer manifestação do STF ou de Moraes. Que foi secretário estadual de Justiça no governo de Geraldo Alckmin (PSB), agora vice de Lula. Moraes foi para o STF por indicação de Michel Temer (MDB) sob fortes críticas do PT. Que considerou a nomeação como “um profundo desrespeito à consciência jurídica do país”.
“Despreparado e parcial”
Lula o chamou de “golpista” e advogado do PCC. Para ele, o novo ministro era “despreparado” e “parcial”. Em 2016 (Lava Jato) Moraes fez duras críticas ao PT e à Lula durante palestra para universitários ao ser questionado por um estudante simpatizante do partido. Abre aspas: ““Um governo (do PT) corrupto, que roubava bilhões e bilhões. Se ao invés de construir um porto em Cuba tivesse investido em mais prisões, nós (o país) estaríamos melhores”. Vídeos estão (ainda) disponíveis no YouTube.
CURTAS
- Na equipe de Lula nomeada para a transição de governo estão sindicalistas indicados pelo presidente eleito. Com o objetivo único de ressuscitar a contribuição obrigatória para sindicatos de trabalhadores. Obrigação extinta em 2017, no governo de Michel Tremer (MDB).
- Na época, sindicatos, centrais sindicais, federações e confederações abocanhavam nada menos do que R$ 3 bilhões/ano. Se voltar a ser cobrada nos mesmos moldes anteriores ao governo Temer, o custo poderá ultrapassar os R$ 4 bilhões por ano para os trabalhadores.
- Sem alarde, o PT trabalha para diminuir o fogo inimigo no Congresso representado por parlamentares bolsonaristas eleitos em 2 de outubro. O PL elegeu 8 senadores, o União Brasil 5, o PT 4 e o PP 3. Republicanos e PSD elegeram dois senadores cada. PL, PP, Republicanos estavam na aliança de Jair Bolsonaro (PL), com o PSD “liberado” para apoiar JB ou Lula.
- Na Câmara do Deputados o PL terá 99 deputados, o PT 68, União Brasil 59, o PP 47, MDB e PSD com 42 e Republicanos 41, entre os partidos com maior representação. O UB, a exemplo do PSD, “liberou” o apoio, a Lula ou a JB. Luciano Bivar, presidente nacional do União, já disse que para se aliar a Lula no Congresso basta a garantia de bons espaços no futuro governo.
- Neste “ toma lá dá cá” que, de forma escancarada e despudorada carimba a negociata política desde os tempos do Império, engordando os cabides de emprego país afora, também devem entrar o PSD e o MDB. Não por acaso o próprio Lula já confirmou que deve criar mais 13 ministérios, totalizando 36. Afinal, nos 23 atuais não cabe todo mundo.
- Ex-deputado federal com seis mandatos pelo MDB, Valdir Collato (PL) é citado como o futuro secretário estadual da Agricultura no governo de Jorginho Mello. Em janeiro de 2019 foi nomeado chefe do Serviço Florestal Brasileiro pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, eleita senadora no Mato Grosso do Sul.
- Em abril de 2021, Collato pediu exoneração do cargo por não concordar com mudanças de ações que pretendia implementar. Foi autor do projeto de lei original criando o novo Código Florestal. Membro da bancada ruralista, Collato é autor de projeto liberando a caça, proibida desde 1967. Em 2018 e 2022, tentou voltar à Câmara dos |Deputados, mas não se elegeu.
Silêncio parlamentar
Em sua página do Facebook, o senador Esperidião Amin (PP) faz nova alusão às obras do contorno viário da BR-101 na Grande Florianópolis. Obra importante para tirar da área continental da Capital e vizinhança parte do infernal trânsito da B-101 naquela região. Aliás, já com atraso de 12 anos ou mais. O que decepciona é o silêncio do senador e de toda a bancada federal catarinense quanto às obras de duplicação da BR-280, entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul, que já se arrastam por nove anos.
Obras ‘esquecidas’
A rodovia BR-280 é fundamental no trajeto de cargas rodoviárias originadas no Planalto Norte e Oeste em direção ao porto de São Francisco do Sul, por exemplo. No ano passado, Amin e toda a bancada destinaram míseros R$ 50 milhões para a obra. O contorno ferroviário, crucial para a mobilidade urbana entre o porto, Joinville, Guaramirim e Jaraguá, também. Mas esse é assunto olimpicamente ignorado. Incluindo deputados, senadores e governadores que se sucedem, etcétera, etcétera, etcétera.
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