Coluna: O sono na terceira idade

Todos sabem que uma noite bem dormida renova a disposição para encarar um novo dia.

Além disso, o sono de qualidade é benéfico para saúde das pessoas de todas as idades, especialmente para as mais velhas.

Pesquisadores europeus descobriram que dormir por cinco horas ou menos pode aumentar o risco de desenvolver várias enfermidades crônicas, como doenças cardíacas, depressão, câncer ou diabete.

O estudo* analisou quase 8 mil pessoas por cerca 25 anos, com idades entre 50 e 70 anos, e encontrou evidências de que a curta duração do sono está associada ao aparecimento de doenças crônicas e multimorbidade, ou seja, duas ou mais doenças crônicas ao mesmo tempo, como doenças cardíacas, depressão, câncer ou diabetes.

Aos 50 anos, aqueles que dormiam cinco horas ou menos tinham 30% mais chances de serem diagnosticados com doenças crônicas, em comparação com os que dormiam sete horas. Aos 60 anos, o risco é 32% maior e, aos 70 anos, 40% maior.

À medida que as pessoas envelhecem, seus hábitos de sono e estrutura do sono mudam. De acordo com o estudo, recomenda-se dormir de 7 a 8 horas por noite.

Uma boa higiene do sono pode promover uma noite mais bem dormida. Manter o quarto silencioso, escuro e com temperatura confortável, remover dispositivos eletrônicos e evitar refeições pesadas à noite. Atividade física durante o dia também ajuda a promover um bom sono.

Devemos nos observar quando estamos acordados. Se somos capazes de funcionar, resolver problemas e refletir sobre nós mesmos, provavelmente estamos dormindo o suficiente.

Se você se sente cansado, irritável, confuso ou impulsivo, deseja poder cochilar, tomar café pra acordar ou nota comportamentos alterados, isso indica que suas horas de sono estão sendo insuficiente.

Cuidar bem do seu descanso, com um sono de qualidade, é garantia de longevidade com boa saúde.

(*) Pesquisa publicada em 18/10/2022, na revista PLOS Medicine, por equipes de pesquisa da University College London e da Université Paris Cité.