Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.
Coluna: Inteligência artificial no centro da polêmica
A inteligência artificial voltou ao centro das atenções, e da polêmica! O foco da vez é o ChatGPT, principalmente a novíssima versão GPT 4, lançada há duas semanas, que está preocupando até mesmo os criadores, pelo risco do robô de conversas se tornar “fora de controle”. A sirene de alerta…
02/04/2023
A inteligência artificial voltou ao centro das atenções, e da polêmica! O foco da vez é o ChatGPT, principalmente a novíssima versão GPT 4, lançada há duas semanas, que está preocupando até mesmo os criadores, pelo risco do robô de conversas se tornar “fora de controle”. A sirene de alerta está ligada!
Nas por que tanto alarme? A questão é que os robôs foram criados para servir o ser humano, porém se a corrida tecnológica avançar rápida demais, poderá ser utilizada, perigosamente, na vigilância e controle de governos, operação de armas de guerra automatizadas e em ataques cibernéticos. Isso sem falar na possibilidade da perda de grande parte dos empregos, pela falta de tempo de adequação às demandas do mercado de trabalho. Resumindo: possibilidade iminente de competir e perder para o ChatGPT 4!
Por tudo isso, não é de se admirar que centenas de cabeças pensantes do planeta, entre cientistas e donos de empresas de IA, assinaram uma carta para que esse tipo de tecnologia seja “congelada” por seis meses nos Estados Unidos.
O mais surpreendente é que justamente a Open AI, empresa criadora do ChatGPT e GPT 4, se mostra “assustada” com os impactos imediatos da ferramenta. A ideia é que sejam criados mecanismos de regulação do uso do chatbot o mais rápido possível. Outra preocupação é que mesmo que a carta possa refrear os riscos desse “robô conversador”, nada impede que outras potências mundiais sigam em frente e levem vantagem.
Uma das reações veio da Itália no dia 31 de março, quando o país baniu temporariamente os serviços da plataforma digital ChatGPT para proteção de dados. A decisão do governo italiano também foi justificada por constatar “falta de informações aos usuários da plataforma da Open AI, principalmente de dados dos utilizadores”. Entre as preocupações relacionadas ao software que simula e processa conversas está a violação de conversas de usuários e informações sobre pagamentos de assinantes do serviço. A empresa não tem sede na União Europeia e recebeu prazo de 20 dias para se regularizar.
Das atribuições do GPT 4 estão a capacidade de receber textos e imagens e responder aos usuários com mensagens em texto: consegue “explicar” memes, ler gráficos e apontar elementos em fotos. Open AI afirma que o GPT 4 tem 82% menos probabilidade de responder a solicitações de conteúdo proibido e 40% mais chances de produzir respostas factuais do que a versão GPT 3.5. Enquanto ChatGPT 3.5 é lembra cerca de 8 mil palavras, a versão 4.0 é capaz de manter uma conversa com até 64 mil palavras. Ainda segundo a empresa desenvolvedora, o ChatGPT 4 é “mais confiável, criativo e capaz de lidar com instruções melhor que a sua versão anterior”.
Agora, só nos resta aguardar os próximos passos dos gigantes da tecnologia. E torcer para que o futuro chegue mesmo lá na frente, sem comprometer o nosso presente quando o assunto é inteligência artificial…
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