Coluna: Explosão de dengue em 2021

Com a primavera vêm os dias mais quentes que facilitam a reprodução do Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika.

Este ano, mesmo durante o frio do inverno, os casos de dengue em Santa Catarina atingiram números recordes. Estamos com um sério problema de dengue no Estado e o clima mais quente poderá potencializar a gravidade dessa situação.

Só no primeiro semestre deste ano, o número de casos de Dengue superou o de todo o ano passado.

Em apenas seis meses de 2021, mais de 12 mil catarinenses foram infectados pelo vírus transmitido pelo Aedes aegypti. Esse número já supera o registrado em todo o ano de 2020, que foi de 11.376.

Cidades do Norte do Estado, como Joinville e Itajaí, já enfrentam epidemia da doença.

Ainda estamos sofrendo as mazelas da pandemia e teremos que lidar com mais esse problema de saúde pública.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina informa que 97% dos casos registrados este ano, são autóctones, o que significa que a transmissão da doença está ocorrendo dentro do próprio Estado.

O mosquito transmissor foi identificado em 217 municípios de Santa Catarina, o que mostra um aumento de 96,9% nos focos de mosquitos no período entre 1 de janeiro e 5 de junho deste ano.

Os sintomas da dengue são febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que duram em média de dois a sete dias. Dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Podem surgir manchas pelo corpo em 50% dos casos, que podem atingir locais com a face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem acontecer.

Pessoas que nos últimos 14 dias estiveram numa cidade com transmissão da dengue e apresentarem os sintomas citados devem procurar uma unidade de saúde para avaliação.

A melhor prevenção da dengue ainda é a eliminação de locais que possam acumular água onde o mosquito se reproduz.

Fique alerta, a dengue pode matar e já causou vítimas fatais este ano em Santa Catarina.