Médico Neurologista, Deputado Estadual SC e Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Coluna: Exercícios e doenças neurológicas
Exercícios ajudam na formação de novos neurônios, pela liberação de BDNF
28/03/2022
Na pré-história, a pessoa precisava se mexer constantemente e pensar rápido para sobreviver, pois quem ficasse parado morreria de fome ou seria devorado por um predador.
Essa mensagem evolutiva está em nossos genes e, até hoje, se você levar uma vida sedentária, seu cérebro vai deixar de funcionar cem por cento.
Exercícios ajudam na formação de novos neurônios, pela liberação de BDNF, substância envolvida na produção, conservação e funcionamento das células nervosas.
Exercícios também estimulam a produção natural de dopamina, neurotransmissor que falta no cérebro de quem tem Parkinson.
A medicina moderna descobriu que a atividade física serve para prevenir e para auxiliar no tratamento de várias doenças neurológicas como Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla, epilepsia, depressão e até enxaqueca.
A atividade física virou remédio contra Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla, epilepsia, depressão e até enxaqueca. Mas deve ser feita com segurança.
Em 2050, as pessoas acima dos 65 anos representarão um terço da população do planeta. E esse é o grupo mais suscetível a males marcados pela destruição dos neurônios, como o Alzheimer. A projeção é que ele afete 135 milhões de indivíduos daqui a três décadas.
Alguns problemas, por outro lado, afligem o cérebro independentemente da idade. É o caso da depressão, que faz 322 milhões de vítimas pelo mundo hoje e deve ser o transtorno mais incapacitante do globo em 2022. Os números assustam e pedem que não fiquemos parados.
Exercitar-se com regularidade já é considerada uma medida cientificamente comprovada para prevenir e controlar doenças que consomem a massa cinzenta.
É bom que os brasileiros levem essa história a sério. Por aqui, 47% dos cidadãos são sedentários.
Por isso fazer exercícios físicos é fundamental para manter a saúde cerebral.
Caminhar ou fazer exercícios por quarenta e cinco minutos, pelo menos três vezes por semana, é a receita certa para ajudar a manter a mente afiada.
Exercício também é remédio para a mente.
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