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Coluna: Duplicação vai parar!

Pelo andar da carruagem, a duplicação da BR-280 aqui no Vale do Itapocu, que começou em 2014, vai parar de vez

04/08/2022

Pelo andar da carruagem, a duplicação da BR-280 aqui no Vale do Itapocu, que começou em 2014, vai parar de vez. Do “lado de cá” da BR-101, em direção a Jaraguá do Sul, há meses não se vê quase nada, exceto tapeação, tipo mexe aqui, mexe ali. Aliás, o capim cresce viçoso em trechos já terraplanados ou aterrados. Pelo visto, é obra que vai demorar mais que os 14 anos de duplicação da BR-101, de Palhoça a Passos de Torres.

Sem verba em 2023

Em direção a Araquari, dos míseros R$ 50 milhões do pacote de R$ 450 milhões repassados pelo Estado ao Ministério da Infraestrutura, R$ 43 milhões já se foram. E, o pior de tudo: sem previsão orçamentária para 2023, o mais recente prazo remarcado pela União para concluir a obra. Nem mesmo de emendas parlamentares. Aliás, os recursos são escassos desde 2017.

Oito anos em obras

A duplicação da BR-280, prometida em 2008, mas que começou em 2014, tem sido escancaradamente preterida pelos deputados e senadores, que priorizaram, como o fez o governo federal, a BR-470, com R$ 300 milhões do Estado. E onde também não tem recursos para 2023. Nunca atuaram com os deputados estaduais, que aprovaram o pacote (e vice-versa) para pressionar a União. Mas, já estão por aí pedindo votos!

Eleições

  • Onze membros da federação formada pelo PSDB e Cidadania decidem hoje (4) sobre quem vão apoiar na disputa pelo governo do Estado. A tendência é alinhamento ao senador Esperidião Amin (PP). Na verdade, foi o que sobrou como viável. Amin deve dar aos tucanos a  vaga de vice. Para senador vai o deputado Kennedy Nunes (PTB/Joinville).
  • Aliás, o PSDB de Joinville indicou o vereador Diego Machado como opção para ser o vice na chapa de Esperidião Amin. Numa demonstração de que os tucanos querem a aliança. Machado, segundo mais votado entre os 19 eleitos em 2020 com 3.981 mil votos, é o único do PSDB na Câmara de Joinville.
  • Senador Jorginho Mello (PL) que também quer a cadeira de Carlos Moisés (Republicanos) terá sua candidatura homologada amanhã (5) em convenção do partido. Isolado, ou pega a laço um vice de partido sem expressão nas urnas, ou se joga em chapa pura confiando na transferência de muitos votos do amigo Jair Bolsonaro (PL).
  • Rachada, e não é novidade, a esquerda catarinense já formalizou duas chapas na disputa pela cadeira de governador. Uma com o ex-deputado Décio Lima (PT), abençoado pelo compadre Lula da Silva (PT). A outra com o também ex-deputado Jorge Boeira (PDT). Mas, nenhum dos dois têm as chapas fechadas com os candidatos a vice.
  • Deputado Valdir Cobalchini (MDB) é o novo líder do governo de Carlos Moisés (Republicanos) na Assembleia Legislativa. Substituiu José Milton Schaeffer, do PP, partido do senador Esperidião Amin com metade de seus prefeitos- e deputados também- atrelados à reeleição do governador Moisés. Na AL, Cobalchini sempre foi um defensor do governador.
  • Joinville e Florianópolis já figuram entre 54 maiores colégios eleitorais do país. Joinville, com seus 604.708 mil habitantes, aparece com 428.730 pessoas cadastradas no Tribunal Regional Eleitoral. A Capital catarinense, com 516 524 mil habitantes, tem 399.606 mil eleitores.

Um apoio natural

Em Santa Catarina, o preferido do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao governo do Estado é o senador Jorginho Mello (PL). Pelo óbvio. Mello, além de amigo fiel, foi o único dos três senadores catarinenses a se expor na mídia nacional durante debates no Senado por conta da CPI da Covid 19. Uma CPI escancaradamente destinada a ignorar a roubalheira país afora de dinheiro federal liberado para governos estaduais e prefeituras. Bolsonaro deve isso a ele.

Bolsonaristas de ocasião

Os outros que disputam o “selo” de candidatos bolsonaristas à cadeira de Carlos Moisés (Republicanos) são Esperidião Amin (PP) e o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil), nesse caso por imposição do coordenador político da campanha e prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). O próprio Moisés, um desafeto do presidente, no “escurinho do cinema”, tenta se beneficiar da popularidade que Bolsonaro ainda tem em Santa Catarina.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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