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Coluna: Deixa chover!

Olhar pelo vidro da janela a chuva caindo pode parecer triste para alguns, porém inspirador para outros. Tudo depende do ponto de vista.

13/03/2022

“Deixa chover, deixa a chuva molhar… Dentro do peito tem um fogo ardendo que nunca, nada, nada vai apagar!”. A letra e a música “Deixa chover”, do compositor e cantor brasileiro Guilherme Arantes, nos desafia a resgatar a força interior, mesmo nesse chuvoso e melancólico domingo. A chuva desse final de semana se prolongará pelos próximos dias… Portanto, o jeito é manter o foco e encarar o que temos em 2022, com o aumento da gasolina e, consequentemente, dos alimentos, em especial dos que dependem de importação. Sim, porque o conflito entre a Rússia e a Ucrânia está respingando no mundo inteiro! Já não bastavam os desafios internos para recuperar a economia? Isso sem esquecer as articulações e manobras políticas visando as eleições no Brasil. Resumindo, não podemos fraquejar!

Olhar pelo vidro da janela a chuva caindo pode parecer triste para alguns e ao mesmo tempo inspirador para outros. Enquanto dias cinzentos podem ser associados à melancolia, ou frustração para os que preferem dias solares, para outros, remetem a aconchego e a horas a mais de descanso e relaxamento.  Tudo depende do ponto de vista, do momento, ou do contexto em que vivemos.

Para quem planeja uma viagem muito aguardada, a chuva pode significar um simples adiamento, mas também o cancelamento definitivo, caso não haja mais oportunidade e tempo para adequar o calendário.

Caminhar na chuva sem proteção pode significar ser pego de surpresa, ou por falta de precaução, mas também pode ser uma atitude deliberada, de libertação. Eventualmente, a chuva pode se misturar e disfarçar lágrimas, em momentos de dor e tristeza. As percepções são sempre individuais. Tudo depende do ponto de vista, do momento, ou do contexto em que vivemos.

Chuvas torrenciais podem significar risco de vida aos pescadores em alto-mar e destruição à beira-mar. Para os que vivem nas áreas de morros, uma chuva torrencial sempre vem acompanhada do medo. Há o temor de perder a casa e tudo o que foi conquistado com muita luta, mas principalmente, do que é mais valioso, a vida daqueles que amamos.

Entretanto, quando surge depois de dias de calor sufocante, uma chuvarada cai como uma bênção do céu, um alívio. Para os que vivem da agricultura e enfrentam estiagens prolongadas, com grandes prejuízos na lavoura, chover com certeza é motivo de comemoração.

Tudo depende do ponto de vista, do momento, ou do contexto em que vivemos.

Por

Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.

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