Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.
Coluna: Como proteger as nossas crianças?
Vivemos um momento delicado em relação à saúde mental, ou como bem definiu o cientista Renato Janine Ribeiro, em uma “sociedade adoecida”. Portanto, todo o cuidado é pouco, e essa circunstância exige um olhar ainda mais aguçado dos pais. Não basta elevar os muros e contratar seguranças para os portões…
18/06/2023
Vivemos um momento delicado em relação à saúde mental, ou como bem definiu o cientista Renato Janine Ribeiro, em uma “sociedade adoecida”. Portanto, todo o cuidado é pouco, e essa circunstância exige um olhar ainda mais aguçado dos pais.
Não basta elevar os muros e contratar seguranças para os portões dos colégios. Também não basta garantir que os filhos estejam asseados, bem alimentados e frequentando a escola regularmente. Claro que é importante apoiar nas tarefas escolares, mas é preciso estar atento aos seus hábitos, mudanças de comportamento, com quem e como se relacionam, presencialmente e pela internet.
Especialmente em se tratando do universo web, é preciso ter cuidado ao expor fotos de crianças. Por sinal, essa é uma preocupação mundial, tanto que países como França e Alemanha já estudam proibir os pais de postarem fotos dos filhos pequenos nas redes sociais. A justificativa é que essas fotografias, inocentemente compartilhadas, podem gerar constrangimentos futuros, bullying, informar localização e as condições de vida da família, por exemplo. Mas o perigo maior é de caírem em círculos de pedófilos.
Predadores virtuais estão disseminados nas mídias e em sites de jogos atraentes para as crianças, onde elas são exploradas em sua inocência infantil e imaginação. Não faltam notícias de crianças e adolescentes induzidos a enviarem fotos, se mostrarem online e marcarem encontros. De maneira ardilosa, o aliciamento é feito progressivamente, até conseguirem a total confiança de seus alvos. Portanto, garantir a segurança das crianças mais do que nunca deve ser prioridade máxima para os pais e a sociedade, de modo geral.
E não podemos esquecer que entre os espaços externos preferidos para os predadores estão as pracinhas e os playgrounds de condomínios. Desconfie se encontrar alguém meio escondido, observando atentamente as crianças entre os brinquedos, especialmente se estiver com um celular, captando e olhando imagens. Se isso acontecer, disfarce e, antes que a pessoa perceba e saia rapidamente do local, ligue para o 190.
Infelizmente, os conselhos tutelares estão aí para confirmar que as crianças e adolescentes não correm perigo somente fora de casa, mas também entre as quatro paredes do lar, por pessoas bastante próximas a elas: com laço sanguíneo, por vizinhos e amigos. Não podemos nos calar a nenhum desses fatos!
Nunca é demais lembrar que é dever do cidadão denunciar situações suspeitas, como violação de direitos e vulnerabilidades. Em qualquer um dos casos em que é possível salvar inocentes, não se omita: Acione a Polícia, para uma resposta imediata, ou o Disque 100, o canal para denúncias anônimas.
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