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Coluna: Acordo não pacifica o MDB

Em meio a barulhento ranger de dentes, resolveram que o deputado Valdir Cobalchini e Berger retirassem suas pré-candidaturas

17/02/2022

Tentando evitar uma implosão do partido a poucos meses de uma disputa majoritária que promete ser a mais renhida dos últimos tempos, um grupo do MDB- leia-se senador Dario Berger, deputados estaduais e os ex-governadores Paulo Afonso Vieira e Pinho Moreira-, achou por bem pôr fim à briga de foice que antecede a escolha do candidato a governador. Em meio a barulhento ranger de dentes, resolveram que o deputado Valdir Cobalchini e Berger retirassem suas pré-candidaturas. “Concordo, mas entendo que meu nome é o melhor para ganhar a eleição”, disse o senador. “Não estou desistindo, apenas adiando um sonho”, falou Cobalchini.

Berger também

As regras adotadas pelo MDB apontam que na existência de um só pretendente- neste caso e por enquanto, o prefeito Antidio Lunelli- não haverá a eleição prévia no sábado, 19, e motivo de toda a encrenca, para indicar o candidato do partido. Se for assim, será aclamado. Mas, longe de acalmar os ânimos dos mais exaltados ou de representar a vontade da maioria dos mais de 10 mil membros dos diretórios municipais e estadual, a “solução” anunciada pode acirrar ainda mais o conflito interno. Comum no MDB, mas nunca antes tão escancarado.

Bancada segue no governo

O recuo de Cobalchini, líder do MDB na Assembleia Legislativa, não significa o afastamento imediato da bancada do partido do governo de Carlos Moisés (sem partido), o preferido dos deputados e onde Luiz Fernando Vampiro (licenciado) é o titular da Educação. Ao contrário, é o grande desafio a ser superado pelo cabeça de chapa do MDB e seus apoiadores. Satisfeitos com o governo Moisés na liberação de recursos para os municípios, parlamentares do partido não mostram nenhum entusiasmo por uma candidatura que não seja o próprio Moisés.

Desdobramentos no MDB

O ex-governador Pinho Moreira afirmou que “eles (Berger e Cobalchini) estão desistindo para deslegitimar as prévias. A intenção é convocar o diretório (estadual) para que esse assunto seja rediscutido”. E atacou o presidente estadual do MDB, Celso Maldaner: “Não ouviu a executiva, tomou decisão soberana, superlativa e egoísta e omitiu, até semana passada, que não seria pré-candidato ao governo”.

A lista já tem cinco

Na outra ponta da corrida pelo Executivo estadual e com os quais o MDB vai disputar, está o governador Carlos Moisés, que ainda não decidiu a qual novo partido vai se filiar. Com ele o senador Jorginho Mello (PL), o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil), o ex-deputado Décio Neri de Lima (PT) e outras siglas menores que, a cada eleição, fazem o mero papel de “arroz de festa”.

Moisés com Fabrício

Podemos, União Brasil, PSD, PSDB e PP entabulam conversas para compor uma coligação que dê sustentação a uma candidatura ao governo do Estado. São pré-candidatos, por enquanto, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (União Brasil) e o de Balneário Camboriú, Fabrício de Oliveira (Podemos). Na terça-feira (15) Oliveira conversou informalmente em BC com o governador Carlos Moisés. Loureiro admite disputar o Senado se Moisés for o candidato de um dos partidos desta coligação. Mas Oliveira já disse que outra disputa que não para governador, não lhe interessa.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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