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Coluna: A vida é efêmera!

Quem já não ouviu a frase “a vida é um sopro”? O problema é que de tanto ouvirmos esse aviso, deixamos de o considerar no dia a dia, em situações corriqueiras até nas mais complexas. É como a criança que escuta o tempo todo o mesmo conselho da mãe e “entra por um ouvido e sai pelo outro”…

Geralmente a gente só lembra que a vida é efêmera, (e se espanta!) quando familiares, amigos, pessoas do meio artístico, empresarial e político se despedem da existência terrena. Ficamos chocados, tristes, desolados… A morte nos é tão assustadora,  que preferimos esquecer que ela existe. A verdade é que nunca sabemos o que o futuro nos reserva, muito menos quantos giros completos em volta do sol teremos.

Sim, a gente vai embora… E nesse dia, tudo o que buscamos em termos materiais ficará por aqui. E se você protelou projetos, por conta dos “corres” no trabalho, buscando sem descanso acumular bens e abrindo mão de férias e do precioso tempo com a família, talvez em outro momento não tenha mais tempo para isso.

Talvez aquela viagem dos sonhos, que você vive dizendo que gostaria muito de fazer, e que “um dia” fará, mesmo com condições para desfrutar hoje, não aconteça no futuro.

E quanto mais cedo soubermos identificar quem são os falsos amigos, aqueles que se aproximam movidos por algum interesse, menos tempo desperdiçaremos na jornada, que pode ser mais, ou menos breve. Como saber?

Se você não se preocupa em cultivar (e manter) amizades verdadeiras ao longo da caminhada, se deixou a vida afetiva de lado para focar exclusivamente no trabalho, ou no estudo, mesmo quando as oportunidades bateram à porta, será que “lá para frente” poderá corrigir isso?

Quantas histórias já ouvimos de magnatas e empreendedores que se sacrificaram por décadas, conquistando fama e fortuna, mas quando decidiram aproveitar a vida se depararam com uma doença restritiva, ou se foram por um mal súbito? São pessoas que muitas vezes criam armaduras em volta de si mesmas, focadas apenas em acumular dinheiro e alcançar o poder. Mas será que são felizes?

Certo estava Cazuza quando cantava que “o tempo não para”.  E eu acrescentaria que também não volta, pelo menos não da mesma maneira. O passado já foi, o futuro é uma incógnita e a única certeza que temos é do que vivemos no presente. E essa convicção se solidifica à medida que os anos passam e nos perguntamos: “Quanto tempo ainda tenho por aqui?”.

Sim, a gente vai embora… Por isso, não perca tempo! A vida acontece agora.

Sônia Pillon

Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.

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