Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.
Coluna: A solidariedade que salva vidas
Já dizia o célebre sociólogo francês, Émile Durkheim (1858-1917), que a solidariedade é um fator “que garante a coesão social em um período específico”. Bondade e compreensão com o próximo, sentimento de união de simpatias, interesses, ou propósitos, entre integrantes de um grupo conduz à cooperação mútua. São algumas das…
04/08/2024
Já dizia o célebre sociólogo francês, Émile Durkheim (1858-1917), que a solidariedade é um fator “que garante a coesão social em um período específico”. Bondade e compreensão com o próximo, sentimento de união de simpatias, interesses, ou propósitos, entre integrantes de um grupo conduz à cooperação mútua. São algumas das definições atribuídas às ações que costumam unir pessoas em prol do bem comum, como vítimas de catástrofes ambientais, doenças, ou em acampamentos de refugiados.
Como não associar às cheias ocorridas em maio deste ano que devastou o Rio Grande do Sul, a maior que o Brasil já teve notícia? E às queimadas da Amazônia e Centro-Oeste? O que seria da raça humana se não fossemos solidários e empáticos em situações extremas? Com certeza, o número de vitimados seria potencialmente maior.
Para muitos é praticamente impossível ficar alheio às imagens que mostram o sofrimento humano e dos animais nesse tipo de ocorrência. As perdas, em meio aos cenários de devastação e desespero, costumam arregimentar organizações não governamentais (Ongs) e iniciativas individuais.
Aos que não podem arregaçar as mangas e colocar a mão na massa para somar, a solução é contribuir às instituições idôneas, como a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (UNHCR/ACNUR) e Médicos Sem Fronteiras (Medecins Sans Frontieres), que prestam apoio às populações deslocadas por guerras, conflitos étnicos e políticos em todo o mundo. Quanto mais pessoas se engajarem nessa corrente, maiores serão os resultados., a solução é contribuir para a continuidade do trabalho de instituições comprovadamente idôneas que atuam nessas frentes, como a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (UNHCR/ACNUR) e a Médicos Sem Fronteiras (Medecins Sans Frontieres), que fazem toda a diferença no apoio às populações deslocadas por guerras e conflitos étnicos e políticos em todo o mundo. Pessoalmente, apoio essas duas instituições humanitárias porque acredito no trabalho de excelência que desenvolvem. Comprovadamente, quanto mais pessoas se engajarem nessa corrente, maiores serão os resultados.
ACNUR entrega casas modulares e donativos ao RS
A Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (UNHCR/ACNUR) já entregou 208 casas modulares (unidades Habitacionais Emergenciais) para famílias que perderam as casas nas enchentes de maio no Rio Grande do Sul. O Estado vizinho também recebeu 50 toneladas de doações, 5 mil colchonetes, 1.280 lâmpadas solares, 5.040 cobertores térmicos e 520 kits de cozinha. A resposta emergencial às milhares de famílias gaúchas depende da arrecadação com doadores. A previsão da Agência é apoiar 130 milhões de refugiados e deslocados em 133 países e territórios em 2024.
Casas emergenciais entregues pela ACNUR em Canoas, no Rio Grande do Sul. Foto: Jefferson Botega
Em 2023, no Brasil, a ACNUR apoiou 213.772 refugiados e brasileiros em 2023, com documentação, abrigamento, auxílio financeiro e encaminhamento ao mercado de trabalho. Ao todo, foram 16,7 milhões de pessoas apoiadas, das quais 7,4 milhões com itens de assistência emergencial. Fonte: Informativo UNHCR/ACNUR.
MSF presta apoio à desnutrição e doenças
As iniciativas do Médicos Sem Fronteiras (Medecins Sans Frontieres) são reconhecidas no combate à fome, à desnutrição infantil e demais cuidados médicos nas regiões mais longínquas do globo. Um dos países mais afetado com a desnutrição é a Nigéria, qua apresenta situação crítica. Segundo dados do MSF, nos últimos anos, mais de 600 mil pessoas foram deslocados da Nigéria por causa da violência extrema, sem meios de subsistência e com dificuldades para obter alimentos. Dados apontam que mais de 530 mil crianças apresentam desnutrição aguda grave no noroeste do país. Em toda a Nigéria, as taxas desnutrição e outras doenças somam 2,6 milhões de crianças nessa situação.
Atuação das equipes de Médicos Sem Fronteiras inclui a prevenção e tratamento da desnutrição infantil. Foto: msf.org.br
As equipes do Médicos Sem Fronteiras (MSF) oferecem suporte em saúde, também, para populações feridas em guerras, ou atingidas por epidemias. Em diversas oportunidades, parte das equipes, de atuação multidisciplinar, se colocou em alto risco e até sacrificou as próprias vidas para prestar socorro nos países em conflito.
No atendimento a milhares de pessoas ao redor do mundo, também dão suporte a desastres ambientais. Desenvolveram capacitação em saúde mental e apoio psicossocial para profissionais de diferentes áreas no Rio Grande do Sul durante o período mais crítico das enchentes, com atendimentos médicos por meio de clínicas móveis. Fonte: Informativo MSF
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