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Coluna: A população com mais depressão da América Latina

A depressão é um transtorno psicológico caracterizado por tristeza persistente e falta de interesse para realizar atividades até então consideradas divertidas,

24/06/2024

Você sabia que o Brasil tem a população mais depressiva da América Latina? E que as mulheres são as mais afetadas? É o que mostra o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o tema, de novembro de 2023. Identificar os sintomas e buscar tratamento é essencial para a cura.

 

depressão

Estudo do Ministério da Saúde revela que nos próximos anos até 15,5% da população brasileira pode sofrer depressão. (Foto: Divulgação)

 

É comum nos sentirmos pressionados pelos revezes da vida, não é mesmo? Nem tudo o que planejamos e para o qual nos empenhamos acontece como gostaríamos e as frustrações ao longo da jornada são, muitas vezes, inevitáveis. Insatisfações de toda a ordem, no ambiente escolar, no trabalho, na família e nos relacionamentos podem desencadear sentimentos de desânimo. A ideia de que não há solução possível para os problemas não deve ser ignorada: é a hora de acender a luz de alerta!

 

Segundo o mapeamento realizado pela OMS, a estimativa é que 5,8 por cento da população brasileira apresenta depressão, o equivalente a 11,7 milhões de pessoas. Em seguida aparecem Cuba (5,5%), Barbados (5,4%), Paraguai (5,2%), Bahamas (5,2%), Uruguai e Chile (ambos com 5%).

 

No ranking geral, o Brasil é superado apenas pelos Estados Unidos, onde segundo a pesquisa, 5,9% da população sofre de transtornos da depressão. Já a organização Pan-Americana da Saúde (Opas) estima que cerca de 300 milhões de pessoas no mundo são afetadas pela doença.

 

A falta de infraestrutura adequada em saúde pública no país preocupa. Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), aponta que existem apenas 19 psicólogos para cada 100 mil habitantes no Sistema Único de Saúde (SUS). Comparativamente a alguns países europeus, o número de profissionais da área chega a ser superior a 40 para cada 100 mil habitantes.

 

Mulheres são as mais atingidas

 

Perder o prazer pelas coisas que costumava gostar pode ser um sintoma de depressão. (Foto: GETTY IMAGES via BBC)

 

As mulheres estão entre as mais suscetíveis à depressão. Ainda de acordo com a OMS, as chances de terem o diagnóstico da doença é duas vezes maior do que os homens. Do ponto de vista biológico, pelos menores índices de testosterona, o que deixa a mulher mais vulnerável nesse sentido. Some-se a isso a questão social, psicológica e as muitas obrigações que podem resultar em uma sobrecarga para as mulheres, como a dupla jornada de trabalho, os cuidados com a família e as tarefas domésticas.

 

Conheça a depressão

 

A depressão é um transtorno psicológico caracterizado por tristeza persistente e falta de interesse para realizar atividades até então consideradas divertidas, como passear, ir a eventos, ou ainda socializar com familiares e amigos.

 

É importante destacar que a tristeza é uma emoção normal. Porém, na depressão essa tristeza é tão forte e dura tanto tempo que acaba afetando a vida do indivíduo, a ponto de impedir a realização de tarefas básicas, como dormir e comer, por exemplo. Crianças e adolescentes também podem ser afetados, vítimas de violência, ou bullying, o que exige um olhar atento de pais e educadores. Nos casos mais graves, pensamentos depressivos podem levar à vontade de morrer.

 

A boa notícia é que depressão tem cura, mas o tratamento é demorado e pode incluir psicoterapia, medicamentos, convulsoterapia e terapias naturais. Quando corretamente diagnosticada, a depressão deve ser feita através de tratamento com um psicólogo, ou psiquiatra. Dependendo da gravidade, com ambos os profissionais.

 

O principais sintomas

 

Os principais sintomas da depressão são: Sentir-se triste, ansioso ou “vazio”; ter sentimentos de falta de esperança, ou pessimismo frequentes; ficar facilmente irritado; não ter vontade de fazer atividades; sentir-se sem energia e com muito cansaço; dormir poucas horas por noite ou dormir por tempo excessivo; ter dificuldade de concentração e de memória; sentir mais, ou menos apetite que o habitual; e, o mais preocupante, é ter pensamentos suicidas. (Fonte: https://www.tuasaé ude.com/depressao).

 

 

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Por

Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.

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