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Coluna: A Geração Z e o mercado de trabalho

Não está fácil para ninguém conseguir um trabalho. A reclamação dos jovens de que encontram dificuldades ainda para conquistar o primeiro emprego é recorrente, geração após geração. Mas quando nos deparamos com a chamada “Geração Z”, dos nascidos entre 1995 e 2010, a situação é ainda mais desalentadora: existem diferenças…

05/12/2024

Não está fácil para ninguém conseguir um trabalho. A reclamação dos jovens de que encontram dificuldades ainda para conquistar o primeiro emprego é recorrente, geração após geração. Mas quando nos deparamos com a chamada “Geração Z”, dos nascidos entre 1995 e 2010, a situação é ainda mais desalentadora: existem diferenças e arestas a serem aparadas, tanto em relação às altas expectativas dos que ingressam no mercado de trabalho, como nas normas e exigências do mundo corporativo.
Parte das empresas estão dizendo “não” para a contratação desses indivíduos, com base em experiências anteriores desastrosas, que incluem, entre outros, resistência à hierarquia, individualismo e pouca interação social com os colegas, especialmente de outras faixas etárias. Por tudo isso, não é de se estranhar que muitas portas são fechadas para eles. Mas afinal, por que esses profissionais recém-formados enfrentam a rejeição dos empregadores? Quem está certo nessa história?
A Geração Z corresponde a 25% da população mundial, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Já no Brasil, o número de jovens gira em torno de 50 milhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles já nasceram imersos na tecnologia, são nativos digitais, acostumados com as redes sociais, com troca de informações rápidas. Tudo é acelerado no universo dessas pessoas, que foram influenciados por movimentos sociais, debates sobre meio ambiente, sustentabilidade, saúde mental e diversidade. 
Falta de comprometimento?
Uma das justificativas das empresas em não enxergarem com bons olhos a Geração Z é a falta de comprometimento e a intenção de construir uma carreira sólida, de poderem contar com a dedicação e empenho para o empreendimento onde passam a trabalhar. Também reclamam que muitos não estão dispostos a encarar de frente os desafios do mercado de trabalho, que são funcionários difíceis de lidar… De que eles têm expectativas irreais, não se adaptam às hierarquias e rotinas das corporações tradicionais.
Em contrapartida, os jovens elencam reclamações. Argumentam que as empresas exigem demais, se consideram mal remunerados e que  o ambiente de trabalho não oferece flexibilidade de horários para equilibrar a vida profissional com a vida pessoal… E agora?
Pessoalmente, já vi bons e maus comportamentos da Geração Z. É possível, sim, encontrar jovens dedicados e comprometidos, que respeitam a hierarquia e procuram aprender a partir da experiência dos veteranos, são educados e entendem a importância de cada um tem um espaço de atuação e devem ser respeitados. Entretanto, também constato atitudes arrogantes e desrespeitosas dos que não respeitam as gerações que os antecederam e têm atitudes antissociais, como se não precisassem aprender mais nada nessa vida…
E você, leitor, o que pensa de tudo isso? Está aberta a discussão sobre o tema!
Parcela das empresas contrata menos profissionais da Geração Z pela dificuldade de adaptação ao mundo corporativo. Foto: https://pontua.com.br

Classificação das gerações

São quatro gerações que convivem na maioria das organizações:
Baby Boomers (nascidos entre 1940 e 1959)
Geração X (nascidos entre 1960 e 1979)
Geração Milllenials (nascidos entre 1980 e 1994)
Geração Z (nascidos entre 1995 a 2010)
*Geração Alfa (nascidos a partir de 2010); Geração Beta: (alguns consideram a partir de 2020, outros a partir de 2025)

Como conviverem  juntas?

 

1.     EMPATIA: ter empatia pela outra pessoa é muito mais do que “calçar o sapato dessa pessoa”. De acordo com o Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa, significa “compreensão dos sentimentos, desejos, ideias e ações de outrem.” É criar uma conexão que faça entender as razões que levam aquela pessoa a pensar e agir daquela forma.

2.    COMUNICAÇÃO: quando existe empatia por uma pessoa mais jovem, ou mais velha, é possível manter uma comunicação mais assertiva para transmitir com respeito e com uma escuta aberta ao que a outra pessoa está trazendo, com todo racional e emocional envolvidos nessa fala.

3.    ESCUTA ATIVA: é sem dúvida um desafio, porque já temos ideias e opiniões formadas em relação à outra pessoa, através das experiências vividas, com ela, ou com pessoas da mesma geração dela. (Fonte: https://ckzdiversidade.com.br).

Por

Sônia Pillon é jornalista e escritora, formada em Jornalismo pela PUC-RS e pós-graduada em Produção de Texto e Gramática pela Univille. Integra a AJEB Santa Catarina. Fundadora da ALBSC Jaraguá do Sul.

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