Caminhada alerta sobre violência sexual contra crianças e adolescentes em Jaraguá do Sul

Um expressivo número de participantes marcou presença na caminhada alusiva ao 18 de Maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Brasil, no sábado (21). O percurso teve início no Museu da Paz e seguiu até o Museu Emílio da Silva, no Calçadão, portanto faixas, cartazes, camisas e balões coloridos na cor laranja.

A finalidade foi chamar a atenção para a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes. O problema é mais sério do que se imagina. No Brasil, a cada hora, cinco crianças ou adolescentes são vítimas de violência sexual. Entre 2017 e 2020, 180 mil menores sofreram violência sexual, uma média de 45 mil por ano.

Os dados são da Unicef/Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em Jaraguá do Sul, a cada três dias, uma criança sofre violência sexual. Em 2020 foram 65 casos, no ano passado 38 casos denunciados e comprovados e, neste ano, somente de janeiro a março, 36 casos, o que dá aumento de 260% em relação ao mesmo período no ano passado.

Dos agressores sexuais, de 85 a 90% são pessoas conhecidas, 30% são pais e 60% conhecidas. Em 2021 o disque 100 registrou mais de seis mil denúncias de violência sexual no Brasil. Esse é um dos principais canais de denúncias. Ou, o Conselho Tutelar 0800 642 0122.

A caminhada de sábado (21) pela Getúlio Vargas até a Praça Ângelo Piazera, foi uma realização do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, FIA, Conselho Tutelar, Secretaria de Assistência Social e Prefeitura de Jaraguá do Sul. O material gráfico, especialmente faixas, chamou a atenção, como também a grande quantidade de pessoas que participou com camisetas alusivas à data e balões.

Em frente ao Museu, comentaram a importância da manifestação, o deputado Vicente Caropreso, o vice-presidente do CMDCA, Edson Wiilian Piotto, o secretário de Assistência Social André de Carvalho Ferreira, a vereadora Nina Camello, o chefe de gabinete João Antônio Berthi (representando o prefeito Jair Franzner) e a vereadora mirim Gabriela.

Os oradores enfatizaram que cada cidadão deve fazer a sua parte, denunciando abusos sobre exploração e abuso sexual, lembrando que a data não se resume ao 18 de maio, porque não denunciando, a pessoa se torna cúmplice. “É preciso dar atenção aos sinais”, disseram.

Noventa e dois por cento das vítimas falam a verdade, somente 8 por cento inventam e três quartos das histórias inventadas são induzidas por adultos que praticam o crime, aponta estudo.

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