Camelos.

Quando eu tinha meus 14 anos, meu pai me deu para ler o livro “O Homem que Calculava” de Malba Tahan. Acredito que foi a leitura do livro, que me deixou fascinado pelo fantástico mundo da matemática. Hoje partilho com o (a) querido (a) leitor (a), a minha versão de uma das histórias que é contada no livro.

Certa vez, Malba Tahan andava pelo deserto juntamente com um fiel amigo, e os dois andavam juntos num camelo. Numa das suas paradas, encontraram um sheik árabe com um problema. Ele possuía 35 camelos, e queria dividi-los da seguinte maneira para seus 3 filhos. O primeiro receberia a metade, o segundo receberia 1/3 e o terceiro filho caberia 1/9. Ocorre que ele estava numa situação sem solução, pelo menos era o que sheik pensava. Pois a metade de 35 é 17,5, ou seja não dava para cortar um camelo pela metade. 1/3 é igual a 11,6, também não é possível, e 1/9 é igual a 3,8, mesma problemática.

Malba Tahan propôs que colocaria o camelo junto e com isto resolveria o problema. O amigo pensou: “Malba ficou louco”.

Então Malba disse ao sheik: “A metade de 36 é 18, ou seja, seu primeiro filho ganhou mais do que estava previsto, para o segundo 1/3 de 36, que é igual a 12, também ele foi beneficiado, e o seu terceiro filho recebe 1/9 de 36, que é igual a 4, ele também ganhou mais do que iria receber. Assim sendo temos 18 + 12 + 4 = 34. Como pagamento por eu ter resolvido o problema, devolves o camelo que emprestei, e recebo um camelo de pagamento”.

Assim o sheik e seus filhos ficaram felizes. E Malba Tahan e seu fiel amigo, continuaram a viagem, porém cada um em seu camelo próprio.

O livro tem outras excelentes histórias. Deixo o desafio de final de ano, para que algum leitor (a) me retorne explicando, como que Malba Tahan resolveu o problema.

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