Bolsonaro no Patriotas

Bolsonaro no Patriotas

 O presidente Jair Bolsonaro deve ser um recordista no que toca a filiação em partidos políticos. Nos últimos 31 anos já esteve em oito deles: PDC (1990-1994), PPR (1993-1995), PPB (1995-2003), PTB (2003-2005), PFL (2005), PP (2005-2016), PSC (2016-2017) e PSL (2018-2019).

Agora, segundo notáveis colunistas políticos do país, deve migrar para o Patriotas. O senador Flávio Bolsonaro, em convenção do partido ao qual se filiou na segunda-feira (31) fez o anúncio. O Patriotas deve ser, também, o destino do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), também filho de Bolsonaro. O primogênito, vereador Carlos Bolsonaro (RJ), já é filiado   

“Nada está decidido”

Mas, o presidente negou que já estivesse acertado com o Patriotas. “Não há nada decidido”, afirmou. O Patriotas é o antigo Partido Ecológico Nacional, que mudou de nome entre 2017 e 2018, com autorização do Tribunal Superior Eleitoral.

Em 2017, Bolsonaro esteve com um pé no Patriotas, porém, visando consolidar a coligação que o elegeu, optou pelo PSL. Mas, migrou para o PSL, consolidando a aliança que o elegeu. Santa Catarina não tem deputados e senadores do partido. Na região Norte, apenas um vereador em Joinville: Willian Tonezi, eleito em 2020 com 1.787 votos.

E as vacinas?

Depois de grande alarde com evidentes conotações políticas, já se passaram dois meses e o consórcio (nacional) de municípios liderado pelo prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), pré-candidato a governador, não comprou uma única dose das vacinas disponíveis contra a Covid 19.

O mesmo ocorre com a Federação Catarinense de Municípios presidida pelo prefeito de Araquari, Clenilton Pereira (PSDB), possível candidato a deputado. Como vacinas não se vende em supermercados, andam mais calados que passarinho quando troca as penas.

Décimo terceiro

Com os cofres cheios o governador Carlos Moisés (PSL) anuncia o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário aos servidores públicos estaduais. Uma tradição implantada pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira (MDB) e mantida pelo seu sucessor Raimundo Colombo (PSD).

Será no dia 16 de julho, para 160 mil servidores (ativos e inativos), totalizando uma injeção de R$ 480 milhões na economia do Estado. No ano passado a primeira parcela, totalizando R$ 460 milhões, foi paga em 16 de outubro.

O presidente nacional do PTB, ex-deputado federal Roberto Jefferson, virá a Santa Catarina em julho para oficializar o apoio do partido à candidatura do senador Jorginho Mello (PL) a governador. Por decisão de Jefferson, em SC, o partido, agora, é comandado pelo deputado estadual Kennedy Nunes (Joinville).

Já liberado pelo PSD, é pré-candidato a senador. O PTB é um dos mais alinhados a Jair Bolsonaro (sem partido), como o é o amigo pessoal Jorginho Mello. O PTB catarinense não elegeu nenhum deputado estadual, federal ou senador em 2018. Há décadas o partido vive à sombra de outras siglas em coligações convenientes.

Sem unanimidade

No MDB, algumas lideranças temem disputar o governo do Estado em chapa pura, como defende o presidente do partido, Celso Maldaner. Coincidência ou não, até hoje os três governadores eleitos pelo MDB- Pedro Ivo de Figueiredo Campos, Paulo Afonso Evangelista Vieira e Luiz Henrique da Silveira disputaram em chapa pura.

Na Assembleia Legislativa, a tendência da bancada com nove deputados é ser contra a eleição prévia marcada para agosto   e que indicará o cabeça de chapa. “Quem perde sai desmotivado. Se for muito partidário permanece, se não for, sai ou cruza os braços”, profetiza o decano deputado Moacir Sopelsa.