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Bolsa Família: governo prevê revisar dados de 7 milhões de famílias em 2024
Serão analisadas famílias com informações desatualizadas ou com inconsistências na renda declarada. Ao todo, 1,7 milhão de famílias unipessoais foram excluídas em 2023, por exemplo.
05/02/2024
Nesta segunda-feira (5), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social está planejando revisar os dados de 7 milhões de famílias participantes do programa Bolsa Família ao longo deste ano.
O Bolsa Família, principal programa social do governo Lula, tem passado por um processo de revisão cadastral desde o ano passado. O propósito declarado pelo governo é evitar pagamentos indevidos e assegurar que o benefício alcance aqueles que realmente necessitam.
Além do Bolsa Família, o governo também está revisando os dados do Cadastro Único (CadÚnico), uma ferramenta crucial para acessar programas sociais. O CadÚnico possibilita que famílias de baixa renda acessem, além do Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a Tarifa Social de Energia Elétrica.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, os 7 milhões de beneficiários do Bolsa Família serão submetidos à revisão em 2024 por diversas razões, incluindo dados desatualizados (última atualização em 2019, 2020 ou 2021), inconsistências na renda declarada,
divergências na composição familiar e discrepâncias nas informações de renda registradas no CadÚnico.
Conforme as atuais regras do programa, têm direito ao Bolsa Família aqueles cuja renda per capita familiar não ultrapassa R$ 218, e que estejam inscritos no CadÚnico com os dados atualizados conforme o calendário governamental.
Destaca-se que a revisão cadastral do Bolsa Família, realizada no ano passado, resultou na exclusão de 1,7 milhão de famílias unipessoais que recebiam o benefício de forma irregular.
Famílias unipessoais, constituídas por uma única pessoa, podem ser beneficiárias, mas o beneficiário não pode compartilhar a residência com outras pessoas. Ao final de 2022, 5,88 milhões de famílias unipessoais recebiam o benefício, mas após a revisão, esse número reduziu para 4,15 milhões.
Fonte: G1
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