Biólogo comenta ocorrências com colagem da boca de batráquios
Biólogos da autarquia se depararam com uma situação, no mínimo, cruel: pelo menos três ocorrências atendidas envolviam sapos que tiveram suas bocas coladas
01/11/2024
Biólogo comenta ocorrências com colagem da boca de batráquios. Há sete anos, equipes da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) promovem o trabalho de resgate de fauna nos quais espécimes comuns no bioma Mata Atlântica são resgatados de áreas residenciais. Se estão bem são devolvidos à natureza em áreas preservadas do Município. Caso contrário, os animais são encaminhados para atendimento veterinário ou de reabilitação.
No entanto, nas últimas semanas, os biólogos da autarquia se depararam com uma situação, no mínimo, cruel: pelo menos três ocorrências atendidas envolviam sapos que tiveram suas bocas coladas. Os anfíbios também tinham resíduos de cola nas patas e nos olhos.
Com muito cuidado, os profissionais da Fujama conseguiram remover a substância e os sapos foram devolvidos ao meio ambiente. Um dos biólogos que atua neste trabalho, Christian Lempek, chegou a denunciar o fato numa rede social. Na postagem destacou que tal prática pode ser enquadrada como crime ambiental e maus tratos a animais.
“A gente recomenda à pessoa que encontrar um animal nesta situação que faça um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima para que a polícia possa investigar o caso”, explicou.
A pena por esse tipo de crime vai desde multa de um a 40 salários mínimos por animal, até a prisão em casos extremos. Na esfera penal, o crime é previsto pelo artigo 32 da lei nº 9.605, com alteração a lei nº 14.064/2020, prevendo pena de reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda (no caso de animais domésticos).
O endereço da Fujama é rua João Januário Ayroso, 3.329, bairro São Luís.
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