Após Globo assinar acordo milionário de R$45 milhões para o Jornal Nacional, emissora entra na mira do governo

Ocupando os intervalos do Jornal Nacional desde a semana passada, a Betano fechou um contrato com a Globo até dezembro deste ano. A marca vai oferecer as edições de segunda, quarta e sexta do principal telejornal do país.

Com o acordo inédito, o objetivo da empresa é aproveitar a audiência do horário nobre da Globo, que deve crescer significativamente a partir de novembro, mês do início da Copa do Mundo do Catar.

Apesar de ambas as partes não se aprofundarem nos detalhes do negócio, a publicação apurou que o acordo entre Betano e Globo faz parte de uma política da emissora carioca, que vende cotas para os seus programas de forma temporária.

Com o novo modelo de negócio, empresas interessadas pagam por um valor para expor suas marcas em jornalísticos e novelas do canal. No preço disponibilizado ao mercado publicitário, são R$15 milhões por 30 dias. Ou seja, estima-se que a Betano pague R$45 milhões durante os três meses de parceria.

Vale lembrar que desde o fim do ano passado, o noticiário apresentado por Bonner e Renata não tinha um patrocinador master em suas edições. Em 2021, marcas como o TikTok, Rexona e Mercado Pago ‘ofereceram’ o JN ao longo do ano.

Na mira da Justiça

Apesar do acordo milionário, o Notícias da TV informou que, clubes de futebol, federações e a Globo foram notificadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública de São Paulo pelos contratos de publicidade e patrocínio mantidos com empresas de apostas esportivas.

As apostas esportivas foram criadas pela Lei Federal 13.756/18. Nessa modalidade, o apostador tenta prever o resultado de jogos de futebol, os placares, o número de cartões aplicados, entre outros. Porém, no momento da aposta, o usuário já sabe o quanto poderá ganhar em caso de acerto.

No entanto, a lei ainda não foi regulamentada e, por isso, a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) entende que a atividade pode estar sendo explorada sem a devida autorização e sem qualquer mecanismo de controle, fiscalização ou prestação de contas.

Procurada pelo portal, a Globo afirmou que não há ilegalidade nos seus acordos com as casas de apostas: “É importante reiterar que as veiculações de campanhas de todos os nossos anunciantes respeitam as orientações do Manual de Práticas Comerciais da Globo, que consolida as melhores práticas, normas legais e éticas do mercado publicitário e atende às normas de autorregulamentação adotadas pelo Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) e pelo CENP (Conselho Executivo das Normas-Padrão)”.

Via Notícias da TV

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