Alerta: Gravidez na adolescência tem campanha com chupetas gigantes
Alerta: Gravidez na adolescência tem campanha com chupetas gigantes. A campanha da Organon será realizada até o dia 16
04/02/2025
Alerta: Gravidez na adolescência tem campanha com chupetas gigantes – Farmacêutica global com atuação em mais de 140 países, a Organon exibiu na sexta-feira (31) uma mamadeira e uma chupeta gigantes em plena Avenida Paulista, em São Paulo. Pois a companhia utiliza essas peças para fazer parte da campanha de comunicação durante a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, na primeira semana de fevereiro, para chamar atenção para a gestação precoce e a necessidade de ampliar métodos contraceptivos de longa duração no SUS. Contudo, o Ministério da Saúde revela que 315.606 meninas de 10 a 19 anos deram à luz em todo o Brasil em 2022 — o correspondente a assombrosos 12,3% em relação ao total de gestantes no país.
Por causa de sua importância, a campanha da Organon será realizada até o dia 16. Dados do Ministério da Saúde mostram que 66% das gestações entre adolescentes são indesejadas, ocorridas sem qualquer planejamento familiar. Em suma, as regiões Norte e Nordeste concentraram 51,5% dos casos em 2022. Desse total de mães precoces no país, 5% tinham idades entre 10 e 14 anos. A gravidez não planejada também é responsável por 20% do abandono escolar entre essas estudantes, limitando o seu acesso ao mercado de trabalho e perpetuando ciclos de pobreza.
“Queremos alertar a sociedade para os riscos da gravidez entre meninas e adolescentes. Pois os seus efeitos são sérios e duradouros para a vida toda, já que um quinto delas abandona a escola e se submete a subempregos, principalmente nas camadas sociais mais baixas, perdendo a chance de romper com um estado de pobreza familiar e de obter um futuro melhor”, explica a diretora de relações institucionais da Organon, Tássia Ginciene.
Desigualdade social quadruplica gravidez precoce, aponta estudo
Atualmente, 2,3% dessas jovens se tornaram mães no Brasil. Somente em São Paulo, houve 8.062 casos de gravidez indesejada em 2023, de acordo com o DataSUS, do Ministério da Saúde. No Rio, 4.908. Já em Fortaleza, foram 2.537. Em Salvador, 1.865; no Recife, 1.498; e em Porto Alegre, 733 trocaram estudos e trabalho por fraldas e mamadeiras.
Segundo o ministério, as desigualdades sociais e diferenças de raça e etnia são fatores para que meninas e adolescentes analfabetas, ou só com educação primária, tenham quatro vezes mais chances de engravidar do que aquelas com ensino médio ou superior. O mesmo quadro se observa entre aquelas de famílias com menor renda.
Dados de 2020 mostram também que, entre os nascidos vivos de indígenas, 28,2% eram de mães adolescentes. Entre pardas, negras e brancas, esses percentuais são de, respectivamente, 16,7%, 13% e 9,2%.
Já a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2019, realizada pelo IBGE e pelo Ministério da Saúde com estudantes do 9º ano (entre 13 e 15 anos), revelou que 22,6% das meninas e 34,6% dos meninos já haviam tido relações sexuais.
Cerca de 53,5% delas e 62,8% deles relataram ter se prevenido contra gravidez no último encontro. A pesquisa também apontou que 77,6% receberam orientação na escola sobre prevenção de gravidez e 69% sobre como obter preservativos gratuitamente.
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