Massaranduba

Água potável para a população é um desafio que envolve diretamente a todos

Água potável para a população é um desafio que envolve diretamente a todos – Em 22 de março de 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial da Água para alertar a população sobre a preservação desse recurso vital. O Brasil é o país com a maior quantidade de água doce do mundo, possuindo 12% do volume total disponível no planeta. Isso cria uma falsa sensação de que haverá sempre água de boa qualidade para todos.

JDV | Flávio José Brugnago

 

 

Apesar da abundância de água no Brasil, a distribuição de serviços essenciais, como água potável, esgoto tratado e drenagem, ainda é desigual e de baixa qualidade. Esse problema resulta da falta de investimentos adequados que os gestores municipais fizeram ao longo das últimas décadas.

Exemplos próximos de dificuldades incluem Massaranduba e Guaramirim, onde Massaranduba enfrenta uma emergência hídrica devido ao aumento do consumo e baixa produção, insuficiente para atender à demanda. O município está comprando água de Jaraguá do Sul e Schroeder, além de contratar uma ETA Móvel para aumentar a produção de água tratada.

O Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS 6) visa a universalização do saneamento básico até 2030, o que inclui acesso à água potável de qualidade para todos. No entanto, problemas ambientais como poluição, desmatamento e desperdício comprometem a disponibilidade de água.

Além de ser essencial para a cadeia alimentar e a regulação do clima, a água é indispensável para a sobrevivência de todos os seres vivos. Por isso, é crucial valorizar a água e garantir que ela esteja disponível para as futuras gerações. Os cidadãos também podem contribuir, adotando boas práticas diárias, compartilhando informações e apoiando políticas públicas de conservação e universalização do acesso à água.


Massaranduba vai mudar a captação de água no Sete de Janeiro

Massaranduba enfrenta sérios problemas na produção e distribuição de água potável. A estação de tratamento (ETA), construída há décadas pela Casan, está obsoleta e não suporta a demanda crescente. Inicialmente, projetaram a ETA para tratar 10 litros por segundo, ampliando-a depois para 20 litros, mas ela ainda não atende à população adequadamente. Em períodos de pico, a ETA chega a 30 litros por segundo, o que limita a expansão da rede.

A estrutura da ETA é frágil e decadente, e, em algumas ocasiões, é necessário interromper a captação devido à suspeita de contaminação proveniente de um aterro sanitário próximo.

JDV | Flávio José Brugnago

 

 

O prefeito Moacir Kasmirski priorizou a questão da água e uma das medidas para resolver o problema é mudar a captação para uma área mais alta, no Sete de Janeiro. O químico Luann Júnior Forteski, especialista em saneamento básico, tem sido fundamental para reverter a situação, embora a equipe ainda dependa da elaboração de projetos e da captação de recursos para investimentos para encontrar a solução definitiva.

Uma das ações é construir uma nova adutora de 1,5 km de extensão, que levará água tratada da nova captação até a ETA, que está ultrapassada e limitada na produção de água. A mudança visa melhorar a qualidade do serviço e permitir a expansão da rede.

Uma solução definitiva está sendo planejada, com a captação no Ribeirão Wilde, onde cursos d’água têm a capacidade necessária para atender a demanda. O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) já verificou a área e a Amvali deve elaborar o projeto. Já realizaram  medição da vazão do rio, mas ainda falta o projeto técnico da nova ETA e a tubulação necessária.


Nova ETA já tem local provável de construção no Ribeirão Wilde

O prefeito Moacir Kasmirski anunciou que o município deve receber uma área de 5.000 m² de um empresário de Jaraguá do Sul para a construção da nova ETA. O local já foi definido e é considerado o melhor para a captação de água de qualidade. A água da região é pura e de montanha, porém exige investimentos elevados.

“O local é o melhor que Massaranduba tem para captar água. É água pura, mas os investimentos serão elevados. Não podemos esperar mais, e enfrentaremos essa situação com coragem”, afirmou o prefeito.

divulgação

 

 

No entanto, a solução definitiva não será imediata. A construção da nova ETA, adutora, reservatórios e demais melhorias exigem elevados investimentos. A boa notícia é que, pela primeira vez, a questão está sendo enfrentada de forma séria e organizada. Água é uma questão de saúde pública.

Massaranduba conta com apenas 2.934 economias de água, um número bem abaixo de outros municípios da região com população semelhante.

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