Adidas encerra parceria com Kanye West

A Adidas encerrou sua parceria com Ye, também conhecido como Kanye West, em “efeito imediato”.

Em um comunicado nesta terça-feira (25), a fabricante de roupas esportivas disse que “não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio” e que seus comentários recentes foram “inaceitáveis, odiosos e perigosos”. Para a adidas, eles violaram os “valores de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça” da empresa.

As vendas e a produção de seus produtos da marca Yeezy pararam, assim como os pagamentos a Ye e suas empresas. A companhia que o impacto será de 250 milhões de euros (US$ 246 milhões) em suas vendas no quarto trimestre.

A Adidas é parceira de West desde 2013, quando a empresa fechou sua marca com a rival Nike. Em 2016, ampliou seu relacionamento com o rapper, chamando-o de “a parceria mais significativa já criada entre um não-atleta e uma marca atlética”.

Mas colocou a “parceria em análise” no início de outubro depois que ele usou uma camiseta “White Lives Matter” em público. A Liga Antidifamação categoriza a frase como um “slogan de ódio” usado por grupos supremacistas brancos, incluindo a Ku Klux Klan.

Recentemente, Ye disse “Posso dizer m*** antissemita e a Adidas não pode me derrubar”, durante um discurso contra os judeus no Drink Champs Podcast.

A lista de marcas que se distanciam do Ocidente está crescendo. Balenciaga e Vogue cortaram relações publicamente na semana passada e, na segunda-feira (24), a agência de talentos CAA deixou West como cliente. A produtora MRC disse que está arquivando um documentário sobre o rapper.

As ações da Adidas caíram cerca de 5% em Frankfurt. A empresa divulgará informações adicionais sobre as implicações financeiras da dissolução de sua parceria com Ye em seu próximo relatório de ganhos em 9 de novembro.