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Socorro!

Parece que os deputados estaduais resolveram sentar em cima da proposta encaminhada pelo governador Carlos Moisés

09/06/2021

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Depois de todo o mise-en-scène (teatro) em torno do auxílio emergencial de R$ 900,00 criado pelo Estado para ajudar cerca de 67 mil pessoas, ou famílias, parece que os deputados estaduais resolveram sentar em cima da proposta encaminhada pelo governador Carlos Moisés (PSL).

Ora, se o auxílio é emergencial, porque necessário, o que estão esperando para socorrer quem está passando fome? A previsão é de que votem hoje (9) em plenário.

Vai esperando, vai!

Em explanação feita na Associação Empresarial de Guaramirim na segunda-feira (7) o superintendente do DNIT em Santa Catarina, Ronaldo Carioni Barbosa, disse que o Estado foi o único da Federação a receber recursos oriundos da bancada federal-  formada pelos nossos três senadores e os 16 deputados- para obras de duplicação da BR-280.

Mas, pasmem, R$ 7 milhões! Uma esmola neste contexto. Do Estado devem entrar (sabe-se lá quando) R$ 50 milhões somados a outros R$ 50 milhões federais orçados para 2021.

Recursos da bancada

Disse o senador Esperidião Amin (PP) em reunião em Florianópolis na segunda-feira (7), com participação do governador Carlos Moisés: “A bancada federal será participante disso (recursos para as obras de duplicação de rodovias federais em SC)”.

Só para saber: em 2021 o Orçamento da União reserva para cada uma das bancadas dos estados representados no Congresso Nacional, R$ 241,4 milhões. Aliás, diga-se, nesta reunião a prioridade do governador foi a BR-282, que liga Florianópolis ao município de Paraiso, na fronteira com a Argentina.

Discurso e prática

Além disso, deputados e senadores têm suas emendas individuais também com recursos previstos no Orçamento da União para este ano, em torno de R$ 16 milhões (cada parlamentar). Já os 40 deputados estaduais, juntos, têm à disposição para 2021, R$ 183.479.308,01.

Na prática, só discurso. Porque a verba, na verdade, serve para adubar a política de varejo do habitual toma lá, dá cá com apoiadores de campanha. Prefeitos, vereadores e por aí vai.

Preferência por gestor

A análise é do prefeito Antidio Lunelli (MDB), sobre as prévias do partido marcadas para 15 de agosto: “Se fosse olhar a questão de tempo (de partido), o senador Dário Berger e o deputado Celso Maldaner têm mais condições do que eu.

Mas, segundo algumas pesquisas que nós aqui temos feito, o eleitor tem a preferência para votar em um gestor, alguém que vem da iniciativa privada”.

Precisa desenhar?

Sobre o comentado apoio do deputado federal e presidente estadual do MDB, Celso Maldaner, à sua candidatura, Lunelli disse que o parlamentar, um dos representantes da região Oeste do Estado, tem o cheiro de povo e que, por isso, “nós estamos bem próximos.

Nós somos bem próximos”, emendou o prefeito. Traduzindo, é isso! Detalhe: o grande incentivador de sua candidatura a prefeito em 2016 foi ninguém menos que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), segundo o próprio Lunelli.

ICMS no combustível

A Comissão de Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa discute hoje (9), em audiência pública virtual, a cobrança do ICMS sobre combustíveis. Um dos pontos é base de cálculo (reajustada pela governadora interina Daniel Reinehr) na cobrança do imposto na venda da gasolina.

Resultando, segundo proprietários de postos, em custo maior do litro para o consumidor final. Já impactado por fatores externos: preço do barril do petróleo e a cotação do dólar.

Ontem (8) a gasolina mais cara em SC era vendida em São José: R$ 5,592 o litro. Jaraguá do Sul aparecia com preço mínimo de R$ 5,199, médio de R$ 5,255 e máximo de R$ 5,365.

Moisés no PP?

Terminada a reunião com governador Carlos Moisés (PSL), na segunda-feira (7) com a bancada federal catarinense, para discussão de investimentos em obras de infraestrutura rodoviária, o senador Esperidião Amin e a mulher, deputada federal Ângela Amin, demoraram-se mais um pouco na residência oficial do chefe do Executivo.

A conversa, já entabulada outras vezes, girou em torno de provável filiação de Moisés no PP. Pelo PSL, se o governador tem outras pretensões políticas, haverá sérias dificuldades. E sem apoio do MDB, e quem hoje garante respaldo na Assembleia Legislativa.

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