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Regiões metropolitanas

Será que, de olho em 2022, discursos com frases de efeito tentam engabelar o eleitor a ponto de levá-lo a pensar que macro soluções só podem ser alcançadas com estruturas do gênero?

13/07/2021

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Deputado federal Darci de Matos (PSD), ressuscitou, há pouco tempo, a ideia de se implantar uma região metropolitana no Norte catarinense (Joinville). Traduzindo, uma instituição para buscar soluções a problemas comuns de municípios limítrofes. Jaraguá do Sul não está incluído na proposta de Matos, que tem apoio de vereadores de lá. Mas, já tem gente por aqui defendendo que o maior município do Itapocu sedie uma estrutura dessas, também.

Sem interação

Ora, para que servem, então, as câmaras de vereadores, prefeituras, associações empresariais, consórcios e a própria associação dos municípios? Por que, afinal, essas instituições não atuam juntas quando o interesse é intermunicipal? É preciso, mesmo, criar uma nova estrutura (dispendiosa) para se poder viabilizar o diálogo conjunto sobre temas como coleta de lixo, saneamento básico, transporte integrado, por exemplo?

Palanque político

Ou será que, de olho em 2022, discursos com frases de efeito tentam engabelar o eleitor a ponto de levá-lo a pensar que macro soluções só podem ser alcançadas com estruturas do gênero? Já temos uma região metropolitana na Grande Florianópolis. E quais são, afinal, as soluções impactantes para problemas comuns já encontradas e implantadas por lá? Nenhuma! Afinal, isso representará força política (que nunca tivemos) ou é só para sair na foto?

Projeto polêmico

Deputado Sargento Lima (PL) propôs que o Estado proíba que as escolas sejam usadas para promoção ou propaganda do comunismo, fascismo ou nazismo. O “Programa Escola para a Democracia”, justificou, servirá para proteger crianças e adolescentes da influência ou mesmo de se aceitar ou simpatizar com ideologias totalitárias. Lima protocolou projeto de lei, por natureza polêmico, na Assembleia Legislativa.

“Família protegida”

Pelo texto, qualquer servidor público estadual vinculado à Secretaria da Educação e no exercício de suas funções, fica proibido de promover “com apreço” ou fazer “propaganda positiva” do comunismo, fascismo ou do nazismo. Para o deputado, a família deve estar protegida e os estudantes devem receber educação religiosa de acordo com as convicções dos pais ou responsáveis. A proposta não prevê punições para infratores.

PSL escada abaixo

A saída de Carlos Moisés do PSL antecipa o esfacelamento do partido no Estado. Que em 2022 não terá mais palanque com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e que ainda renderá bons dividendos nas eleições proporcionais (deputados). Moisés não sai sozinho, leva com ele deputados, prefeitos, vereadores e outras lideranças do PSL. “O momento exige dedicação exclusiva para superar de vez a pandemia. O nosso governo tem feito uma série de ações para reduzir o tamanho da máquina pública. Vamos nos esforçar ainda mais para isso”, disse o governador.

Pressão é externa

Mas, isso nada tem a ver com filiação partidária. Ou tem? O que ele quis dizer é que continuar amarrado a um partido político desacreditado atrapalha a necessária interação com outros segmentos da sociedade fora do eixo político partidário. Como a reforma da previdência dos servidores estaduais. Setores produtivos e de logística pressionam abertamente para que seja aprovada pela Assembleia Legislativa e implantada. Prevendo economia de R$ 22 bilhões em dez anos. Soma considerável para se aplicar, também, na modernização de rodovias, de interesse direto desses segmentos. Em tempo: PSC, Republicanos, MDB e PP querem Moisés.

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