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Moro senador por SC?

Por força de contrato com uma consultoria global de gestão de empresas, o ex-ministro da Justiça, não poderia se candidatar à presidência da República

25/05/2021

Por força de contrato com uma consultoria global de gestão de empresas (a Alvarez & Marsal, com sede em Nova Iorque), o ex-ministro da Justiça, Sério Moro, não poderia se candidatar à presidência da República, como pretendia o comando nacional do Podemos que formalizou o convite.

Mas Moro, que tem um apartamento em Balneário Camboriú e para onde poderia mudar seu domicilio eleitoral, pode disputar outros cargos nas urnas. O de senador, por exemplo.

Neste sentido, a deputada federal e presidente nacional do Podemos, Renata Abreu (SP), e o senador Álvaro Dias (PR), que disputou a eleição presidencial em 2018, já mexem com os pauzinhos. Moro não nega e nem confirma.

O voto impresso em discussão

“Nós não sabemos o que se passa no segredo na urna. Porque até se colocar um software auditando a urna, é software auditando software. Só existe uma forma de o eleitor se sentir contemplado e seguro, é ele enxergando seu voto materializado”.

O argumento é da deputada Bia Kicis (PSL-DF), autora de Proposta de Emenda Constitucional em análise na Câmara dos Deputados. Mas, parlamentares do PT rebatem dizendo que ninguém conseguiu comprovar, que houve fraude nas eleições com urnas eletrônicas.

Os hackers são desafiados pelo Tribunal Superior Eleitoral, antes de todas as eleições, a fraudar o sistema e até hoje ninguém conseguiu, argumentam. A defesa do voto impresso vem pela acusação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seguidores de que obteve muito mais do que 57,8 milhões de votos.

Novos enfrentamentos

Mesmo depois de se livrar do segundo pedido de impeachment graças ao voto de um deputado do PT, o govenador Carlos Moisés (PSL) não terá vida fácil na Assemblei Legislativa, embora tenha na Casa aliados importantes.

O MDB, por exemplo, que comanda as secretarias de Educação e Fazenda, vai pressionar por mais recursos do Estado aos municípios. O PT, por sua vez, tentará obstaculizar o trâmite da reforma previdenciária dos servidores do Estado.

Rodovias estaduais

Mas, a expectativa é pela derrubada do veto de Daniela Reinher (sem partido) aposto na proposta de se usar R$ 350 milhões em rodovias federais. Embora a maioria deva dizer “sim”, o governador terá de ouvir até mesmo de aliados cobranças duras sobre o péssimo estado das rodovias estaduais.

Moisés já disse, tempos atrás, que o governo tem R$ 4 bilhões para investir nestas rodovias nos próximos quatro anos. Mas, o segredo do cofre não se sabe ainda.

Negociando candidaturas

PSD e PP podem caminhar juntos na eleição majoritária ao governo do Estado. E não seria novidade, afinal, representam o oportunismo de sempre. Ma, em chapa que levaria Carlos Moisés (PSL) para o PP e, como vice, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD).

É o que rola nos bastidores. Articuladores da chapa cogitam atrair o ex-deputado Gelson Merisio (PSDB), egresso do PSD, para uma candidatura a senador. Tucanos atrelados à proposta não seria uma novidade. Até porque, historicamente, em SC vivem empoleirados onde lhes é conveniente.

Renovação compulsória

Independentemente do resultado das urnas em 2022, o comando do MDB catarinense terá de ser renovado. Compulsoriamente, pode-se dizer, já que não é hábito dos donatários dos partidos políticos abrir espaço para novas lideranças.

Exceto quando possam representar a sobrevivência da sigla. Dos cinco governadores que o MDB já teve (três deles eleitos nas urnas), só dois vivem: Paulo Afonso Evangelista Vieira e Eduardo Pinho Moreira, o eterno vice, que deve tentar eleição para deputado estadual. Ambos, diga-se, sem qualquer base política.

Visita de ministro

Senador Jorginho Mello (PL), candidato a govenador em 2022, confirma visita do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, na próxima quinta-feira (27), a alguns municípios catarinenses. Sem revelar os motivos, a visita inclui Blumenau, onde Mello precisa de palanque eleitoral.

Lá, a maior expressão do partido do senador é o deputado Ivan Naatz (que já passou pelo PDT e PV), eleito em 2018 com pouco mais de 14 mil votos. Como candidato a prefeito em 2020, Naatz fez míseros 7.272 votos.

O curioso é que no mesmo dia o ministro tem agenda cheia em Brasília, incluindo audiência com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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