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Lunelli não descarta a possibilidade de uma disputa pelo Governo do Estado

Como liderança emergente do MDB, principalmente depois de reeleito com mais de 70% dos votos válidos dos eleitores de Jaraguá do Sul, o prefeito não afirma, mas também não descarta a vontade de encabeçar uma chapa majoritária de olho na cadeira de Carlos Moises (PSL).

15/12/2020

NOME DE CONSENSO

Bolsonarista de primeira hora no mundo empresarial do país, o prefeito reeleito Antidio Lunelli (MDB), diz que diferenças pontuais entre lideranças do partido no Estado não podem servir como pontos de rusgas internas, sob pena de o MDB incorrer em um segundo desastre eleitoral nas urnas em 2022. Como ocorreu em 2018. Rachado e com um discurso nada representativo daquilo que a população ansiava em suas necessidades prioritárias. Lunelli lembra que se o partido for lançar candidatura própria é preciso, primeiro, unificar o discurso em torno de um nome de consenso.

DISCURSO ABERTO

Pregando o fim dos privilégios, zelo pelo dinheiro público e coragem para fazer todas e quaisquer mudanças necessárias. Como liderança emergente do MDB, principalmente depois de reeleito com mais de 70% dos votos válidos dos eleitores de Jaraguá do Sul, o prefeito não afirma, mas também não descarta a vontade de encabeçar uma chapa majoritária de olho na cadeira de Carlos Moises (PSL). Diz que ainda é cedo para dar uma resposta se indicado for, mas já deixa claro que não é uma obsessão pessoal e que apoiará, como emedebista, outro nome que o partido indique. O senador Dário Berger, por exemplo.

NADA FEITO

Orientado pelo Ministério da Economia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou na íntegra um projeto de lei do deputado federal Fábio Schiochet (PSL). Destinando uma fortuna de bilhões de reais do orçamento da União para socorrer empresas concessionárias do transporte coletivo de passageiros em cidades com 200 mil habitantes, ou mais, impactadas financeiramente pela pandemia da Covid-19. Os cofres da União estão secando.

BESTEIRA 1

O ator pornô e deputado federal por São Paulo, Alexandre Frota (PSDB) é autor de projeto obrigando que cada um dos alunos matriculados até o 5º ano em escolas públicas municipais leia, obrigatoriamente, um livro por semestre. E dois para as séries seguintes. Se aprovado, será mais uma das milhares de leis idiotas vigentes no país, até porque tal hábito não exige imposição. Ao contrário, cabe aos professores disseminá-lo entre os alunos.

BESTEIRA 2

Em Santa Catarina uma lei estadual vigente desde 2010 de autoria do ex-deputado Serafim Venzon (PSDB) determina que as mochilas das crianças do ensino infantil tenham 5% do peso total dos alunos. No ensino fundamental, 10% e 15% para o ensino médio. Ora, e o que se vê? Alunos se arrastando para carregar todo o material escolar usado diariamente na sala de aula. As próprias escolas, sem estruturas físicas para a guarda do material que exigem, ignoram a lei.

Está na mesa do governador Carlos Moisés (PSL) um projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa que mexe com o bolso de todos os usuários das redes de água tratada, seja da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento, a Casan, que há anos deixou de operar nos cinco principais municípios do Vale do Itapoucu, ou dos sistemas municipalizados. O projeto, dos deputados Marcius Machado (PL) e Sargento Lima (PSL), determina tarifa máxima de 70% sobre o consumo a título de taxa de esgoto. Lei vigente permite que a cobrança seja de até 100%. Mas, pelo andar da carruagem, Moisés vai vetar a proposta. Que incorre em perda de receita.

TUDO ACERTADO

Mauro de Nadal (atual vice-presidente) e Moacir Sopelsa, o mais antigo deputado no exercício do mandato, vão dividir a presidência da Assembleia Legislativa em 2021 e 2022. Já está tudo acertado internamente (e com outras bancadas) para apaziguar os ânimos no MDB, já de olho em 2022. O partido não pode ir rachado, de novo, para a disputa majoritária. Em 2018, ambos tinham a mesma pretensão, mas foram detonados pelo próprio MDB que apoiou Júlio Garcia (PSD).

HABEAS CORPUS

Deputado Kennedy Nunes (PSD/Joinville), um dos grandes derrotados na tentativa de cassar o mandato de Carlos Moisés (PSL), no primeiro pedido de impeachment (o caso dos procuradores), recorreu ao Superior Tribunal de Justiça para tentar derrubar decreto do governador que restringe o horário de funcionamento de bares, restaurantes e similares. Alegando “constrangimento ilegal”. Quer, ainda, a proibição de prisões, mesmo quando sem garantias prévias de asseio nos estabelecimentos e distância mínima de 1,5m entre as pessoas.

 

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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