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Lucas Esmeraldino é a terceira baixa do Governo Moisés

Ele e Douglas Borba, investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Assembleia Legislativa para averiguar o escândalo dos respiradores, também estão enrolados até o pescoço em outras compras de vulto pelo Estado, além de desbragadas nomeações de parentes e amigos para cargos bem remunerados em secretarias e empresas do governo.

26/05/2020

Lucas Esmeraldino, secretário do Desenvolvimento Econômico Sustentável, é a terceira baixa do governo de Carlos Moisés, seguindo os passos de Douglas Borba (Casa Civil) e Helton Zefferino (Saúde). Exonerados dos cargos depois do escândalo envolvendo a compra de 200 respiradores por R$ 33 milhões, pagos adiantados. Só 50 chegaram até agora.

Esmeraldino pediu desfiliação do PSL depois de exonerações de diretores do porto de São Francisco do Sul por ele indicados e suspeitos de contratos superfaturados. Ainda nesta semana (se já não ocorreu ontem) deve ser exonerado da SDS.

Ele e Borba, investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Assembleia Legislativa para averiguar o escândalo dos respiradores, também estão enrolados até o pescoço em outras compras de vulto pelo Estado, além de desbragadas nomeações de parentes e amigos para cargos bem remunerados em secretarias e empresas do governo.

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Esmeraldino diz que deixa o PSL “com a sensação do dever cumprido (foi um dos fundadores e presidente). Enigmático, diz que “chegou a hora de um novo desafio e nova história”.

Formado em odontologia, foi eleito vereador em 2012 e reeleito em 2016 pelo PSDB de Tubarão, sua cidade natal e onde o governador Moisés fez carreira como bombeiro militar.

E aí a razão de sua escolha para compor o secretariado. Em 2018, já filiado ao PSL e como um dos fundadores do partido, candidatou-se ao Senado.

Ilustre desconhecido na política catarinense, mas empurrado pela “onda Bolsonaro”, como o próprio Moisés e todos os outros eleitos pelo partido em SC, por pouco não se elegeu. Por 18 mil votos perdeu a vaga para Jorginho Mello (PL)

CPI dos respiradores

Só para lembrar: na condição de governador, Carlos Moisés (PSL) não pode ser convocado a depor na CPI dos Respiradores, apenas convidado.

E, se isso for feito, ele é quem decidirá o dia e a hora, se quiser ir.

Ou depor na sua sala de trabalho. Mas há outro ponto, é preciso que haja elementos consistentes para isso. Por enquanto, não há qualquer indício de que ele tenha participado, direta ou indiretamente, de nenhuma falcatrua.

100 km de vias pavimentadas

 Prefeito Antídio Lunelli (MDB) registra o que considera um fato histórico. Desde 2017, quando assumiu, já são 99,4 quilômetros de pavimentação em 163 ruas de todos os bairros. Outras 26 estão em obras.

Também é histórico: qualquer pesquisa que se faça apontará o asfalto como prioridade para quem mora em ruas e estradas ainda em chão de terra, incluindo escolas. Nesses tempos de estiagem, o pó é algo insuportável.

R$240 milhões no combate a COVID-19

Relatório da Comissão Especial de Acompanhamento dos Gastos Públicos na Assembleia Legislativa mostra que o Estado tem disponível para combater a pandemia cerca de R$ 240 milhões.

São recursos federais (R$ 149 milhões até agora), poderes e órgãos do Estado e doações de pessoas físicas e jurídicas. Porém, além dos R$ 33 milhões pagos adiantados por 200 respiradores (só 50 chegaram), o governo Moisés investiu apenas R$ 13 milhões.

Salvando empregos

Senador Jorginho Mello (PL) é autor do projeto de lei que será promulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) abrindo linha de crédito especial para micro e pequenas empresas e que pode garantir a sobrevivência de 20 milhões de empregos no país. Mello, indagado se está com um olho na eleição para governador em 2022, respondeu: “com um, não, com os dois”.

De fato, pela andar da carruagem e pelo desempenho dele no Senado, só um tsunami eleitoral impedirá que sente na cadeira de Carlos Moisés (PSL).

Até porque nenhum outro partido tem, hoje, sequer um nome de peso estadualizado e que possa ser trabalhado para liderar uma chapa majoritária. E nem mesmo perspectivas.

Auxílio emergencial

Ministro da Economia, Paulo Guedes, já avisou: não há como estender o benefício emergencial de R$ 600,00 (três parcelas) até setembro, como alguns políticos pretendem para, depois, se arvorarem como benfeitores humanitários.

Simplesmente porque o governo não tem caixa para isso.

É lógico, com a economia estagnada, praticamente não há receitas com impostos. Além disso, há compromissos fixos, de bilhões, um deles as aposentadorias e pensões.

Transporte coletivo

Quando na maioria dos grandes municípios de Santa Catarina o primeiro semestre do ano costumava ser de greves de motoristas de ônibus urbanos, o que se vê são os trabalhadores da categoria apoiando empregadores pela volta ao serviço. Entre professores, agentes de saúde e de segurança, embora o descontentamento geral, o clima de “paz e amor” também deve perdurar ao menos até dezembro. A reação popular seria de condenação sumária.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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