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“Eu sou contrário a todo privilégio. No setor público, há muita vantagem” (Hélio Costa)

Do Deputado Federal Hélio Costa, sobre propostas de combate a privilégios vigentes no setor público e no alto escalão do governo.

01/10/2020

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Com suas obras físicas concluídas em março do ano passado depois de sete anos em construção e investimentos superiores a R$ 10 milhões, o dobro do previsto na licitação original, o Centro de Educação Profissionalizante de Guaramirim continua lá, à beira da BR-280, tal e qual legítimo elefante branco que até hoje não se prestou para nada.

O prédio, que deveria ficar pronto em 2011, teve toda a fiação elétrica roubada e já substituída, com capacidade para 900 alunos, está em cima de terreno doado ao Estado pela Prefeitura no governo de Nilson Bylaardt (MDB). Até então abrigava o parque de exposições do município, que até hoje não destinou uma nova área para esta finalidade.

A licitação lançada no governo de Raimundo Colombo (PSD), acreditem, não previa o reboco do ginásio, pavimentação do pátio, construção da torre da caixa- d’água, jardinagem e pintura. Obrigando a uma nova licitação. Com o advento do novo coronavirus, nunca mais se ouviu falar no Cedup via secretaria da Educação cujo titular, Natalino Uggioni, conhece bem o problema.  Aliás, ainda não se sabe quem vai administrar a escola.

Por sorteio, como manda a regra, o deputado Kennedy Nunes (PSD/Joinville) será o relator da etapa da admissibilidade da denúncia contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e a vice Daniela Reinehr (sem partido) no caso do reajuste salarial dos procuradores do Estado sem autorização da Assembleia. Dependesse só dele, Moisés já estaria cassado. Há um ódio visceral e recíproco entre os dois.

“Nós temos dentro de nós uma reserva insuspeita de força, que surge quando a vida nos põe à prova. É nosso ofício ter de julgar, e assim o faremos”. Do desembargador Ricardo Roesler, presidente do Tribunal de Justiça e também presidente do tribunal especial que julgará Carlos Moisés (PSL) e a vice Daniela (sem partido) no processo de impeachment motivado pelo reajuste salarial dos procuradores do Estado. Em caso de empate, Roesler será voto de minerva.

Depois que deixou o (ótimo) emprego de interlocutor do governo federal junto ao Senado, o ex-senador Paulo Bauer (PSDB), sumiu do mapa político. É proposital. Andar na contramão dos holofotes da imprensa, ao contrário do que sempre fez, foi a estratégia para não ser questionado em cada esquina sobre inquérito na Justiça Eleitoral de SC no qual é acusado por corrupção e lavagem de dinheiro.

 

“Eu sou contrário a todo privilégio. No setor público, há muita vantagem. Por exemplo, se um juiz ou desembargador comete um crime, se aplica a aposentadoria compulsória. Por quê? Ele tem que ser demitido do serviço público por justa causa”. Do deputado federal Hélio Costa, sobre propostas de combate a privilégios vigentes no setor público e no alto escalão do governo. Também é um crítico de férias superiores a 30 dias, que o cidadão comum não tem. Em alguns casos, dois meses de descanso. Temos de acabar com isso”, entende o parlamentar.

Costa adiantou que pretende, através de um projeto de lei, depois de vista a constitucionalidade da proposta, propor que a Câmara dos Deputados tenha sessões deliberativas (em plenário), de segundas às sextas-feiras. “Tem de ser semana cheia”, argumenta o deputado, já acostumado aos horários estendidos no rádio e na TV. De fato, a vadiagem reinante desde sempre, incluindo o Senado-  faz com que muitos chegam na terça e vão pra casa na quinta.

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