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Em plena pandemia do coronavirus, governador Moisés autorizou a contratação de 90 auditores fiscais

É certo que as vagas precisam ser preenchidas, mas, e vão auditar o que neste momento de fechamento de portas, empregos e consequente queda na arrecadação de impostos que já compromete perigosamente o orçamento?

03/07/2020

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Em plena pandemia do coronavirus, devastadora de vidas humanas e da economia como um todo, governador Moisés autorizou a contratação de 90 auditores fiscais. É certo que as vagas precisam ser preenchidas, mas, e vão auditar o que neste momento de fechamento de portas, empregos e consequente queda na arrecadação de impostos que já compromete perigosamente o orçamento? Salário inicial (não incluídos benefícios) é de $ 22,8 mil.

Carlos Moisés (PSL) é o oitavo governador diagnosticado com o coronavírus. Decidiu ficar em isolamento pelo período de 14 dias enquanto espera pelo resultado de um novo teste, para confirmar ou não a doença. Mas, não largou o osso. Deveria, no mínimo, ter passado o governo para a vice- Daniela Reihner (sem partido) -, mesmo que, política e pessoalmente estejam afastados de forma irreversível. Há quem diga que a ausência dele nem será notada.

Deputada estadual Ana Campagnolo (PSL) é autora de um projeto de lei proibindo o uso de celulares em salas de aula, exceto para pesquisas inerentes aos temas propostos pelos professores. Nada de mensagens, música, vídeos, ligações ou coisas que não digam respeito às aulas. Um sonho dos professores. Aliás, a deputada poderia incluir a proibição de máquinas de calcular, essa espetacular ferramenta de emburrecimento nas fases de aprendizado dos alunos.

Em municípios onde as condições sanitárias sejam insuficientes, as eleições para prefeito e vereadores terão prazo até dia 27 de dezembro. Nos demais, a nova data é 15 de novembro, com segundo turno, onde for o caso, em 29 do mesmo mês. Os atuais mandatos de quatro anos serão mantidos e a data da posse dos eleitos, também: 1º de janeiro de 2021. A mudança no calendário eleitoral foi aprovada na Câmara dos Deputados com 407 votos favoráveis, 70 contrários e uma abstenção. Dos atuais 513 deputados, votaram 478.

Dos 16 deputados federais, doze votaram SIM: Ricardo Guisi (PSD), Pedro Uczai (PT), Rogério Peninha Mendonça (MDB), Ângela Amin (PP), Fábio Schiochet (PSL), Gilson Marques (Novo), Carlos Chiodini (MDB), Hélio Costa (Republicanos), Carmem Zanotto (Cidadania), Darci de Matos (DEM), Geovânia de Sá (PSDB) e Rodrigo Coelho (PSB). Votaram NÃO: Daniel Freitas (PSL), Coronel Armando (PSL), Celso Maldaner (MDB) e Caroline de Toni (PSL). No Senado, Esperidião Amin (PP), Dario Berger (MDB) e Jorginho Mello (PL) votaram sim.

 

De Brasília vem a informação do Ministério do Desenvolvimento Regional: o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu atenção especial dos órgãos federais pertinentes para com os gigantescos problemas causados pelo ciclone em Santa Catarina. Mas- e sempre há um ‘mas’- discurso não é a prática. Como já conhecemos o cipoal burocrático em todas as esferas de governo, não é de se esperar agilidade. Aliás, vai esperando.

Soa como piada a “doação” de R$ 30 milhões pela Assembleia Legislativa ao Estado para ajudar famílias atingidas pelo ciclone. Ora, as Assembleias, Câmaras de Vereadores, Câmara dos Deputados e Senado, não têm receitas próprias. O dinheiro, sempre mais que o necessário, sai das Prefeituras, Estados e União. Melhor dizendo, “arrancado” do bolso do contribuinte, como já disse o deputado Vicente Caropreso (PSDB). Inclusive, diga-se, daqueles que perderam tudo.

 Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei da deputada Marlene Fengler (PSD), apresentado em 2018, permitindo a entrada de animais de estimação de pacientes internados em hospitais públicos e privados. Exceto em alas de isolamento, quimioterapia, transplante, queimados, UTIs, farmácia e cozinha, por exemplo. Agora, depende do governador Moisés sancionar ou não. Desde 2019, Jaraguá do Sul tem lei idêntica, criada em projeto do vereador Marcelindo Gruner (PTB).

 

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