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E vai rolar a festa!

O Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Social Liberal (PSL) são os maiores beneficiados com o salto estratosférico do Fundo Especial de Campanha que será distribuído aos candidatos a cargos eletivos em 2022

20/07/2021

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

O Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Social Liberal (PSL) são os maiores beneficiados com o salto estratosférico do Fundo Especial de Campanha que será distribuído aos candidatos a cargos eletivos em 2022: presidente da República, senador, deputado federal e deputado estadual. Isso porque são as duas maiores bancadas no Congresso, conforme dita a regra: PT com 53 deputados e seis senadores e o PSL com 53 deputados e dois senadores. Da bolada total, os dois partidos devem dividir R$ 1,2 bilhão.

Mais de R$ 5 bilhões  

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o conhecido “Fundão”, criado no governo de Michel Temer (MDB), saltou de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões que serão torrados nas campanhas eleitorais de 2022. Com o voto de 14 dos 19 parlamentares da bancada federal catarinense.  Pelo “sim” votaram: Ângela Amin (PP), Caroline de Toni (PSL), Celso Maldaner (MDB), Coronel Armando (PSL), Daniel Freitas (PSL), Darci de Matos (PSD), Fabio Schiochet (PSL), Geovania de Sá (PSDB), Hélio Costa (Republicanos), Ricardo Guidi (PSD), Rogério Peninha Mendonça (MDB). Para saber: isso é mais que quatro vezes a verba de R$ 1,3 bilhão que Ministério Infraestrutura terá em 2022.

Quem não vota, aprova!

 Carlos Chiodini (MDB) não deu as caras. Esperidião Amin (PP) e Jorginho Melo (PL), também não. Quem foge do voto sem justificativa convincente, concorda com o resultado. Dario Berger (MDB) votou pelo “não”. Como o fizeram os deputados Carmem Zanotto (Cidadania), Gilson Marques (Novo), Rodrigo Coelho (PSB) e Pedro Uczai (PT). O “Fundão” foi criado pela lei nº 13.487, de 6 de outubro de 2017, no governo de Michel Temer (MDB). Nas eleições gerais de 2018, R$ 1,7 bilhão para as campanhas. Nas eleições municipais de 2020, R$ 2 bilhões.

Queda de braço

E a encrenca no MDB para definir o candidato a govenador em 2022 continua. De um lado o senador Dario Berger, que lidera a executiva estadual do partido. De outro o deputado federal Celso Maldaner, presidente do diretório estadual do MDB. A saída (como já dissemos aqui), defendida por liderança do partido, seria Antidio Lunelli na cabeça de chapa, com Maldaner de vice. E o senador Dario Berger à reeleição para senador. Mas o próprio Berger, preterido outras duas vezes, está irredutível em sua pretensão de ser homologado candidato.

E segue o baile

Em Blumenau, onde esteve para oficializar a retomada das obras de prolongamento da Via Expressa, dando novo traçado à SC-108 na região, o governador Carlos Moisés (sem partido) convidou o ex-prefeito Napoleão Bernardes (PSD), pré-candidato a governador. Convite feito, convite aceito para uma conversa reservada. Foi no governo do ex-tucano que a obra parou há quatro anos. Para lembrar: Napoleão, em 2018, foi candidato a vice-governador na chapa de Mauro Mariani (MDB). Na saída, elogios mútuos.

Nunes ao Senado

Com dois mandatos de vereador e quatro de deputado estadual por Joinville pelo PSD, Kennedy Nunes, aos 51 anos, vai disputar a eleição majoritária em 2022 para senador pelo seu novo partido, o PTB.  Em Santa Catarina o partido, que ele preside, tem apenas quatro vereadores e nenhuma estrutura para tamanha empreitada. Mas, Nunes garante que não se trata de uma aventura. Diz que atende a um chamado, “uma missão” delegada pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damaris Alves. A exemplo dele (Nunes) com um discurso afinado contra drogas, aborto, em defesa da família e outros princípios cristãos.

Contra o lockdow

O convite veio com a repercussão em Brasília de discurso na Assembleia Legislativa condenando lockdown de 14 dias defendido pelo Ministério Público de SC, porém pagando o salário integral dos servidores desse poder.  Evangélico da Assembleia de Deus, com 320 mil membros no Estado, Kennedy diz não temer pelo seu futuro político (fica sem mandato se não se eleger). “Já fiz tudo o que poderia como deputado. Meu relacionamento pessoal, quando presidi a União Nacional dos Legisladores e Legislativos, em 2019, me abriu muitas portas”.

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