Colunas

Deputados reagem ao lockdown

“As entidades públicas que pedem lockdown de 14 dias deveriam descontar na totalidade os dias parados dos salários de todos os servidores”, diz deputado Kennedy Nunes

12/03/2021

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Discurso do deputado Kennedy Nunes (PSD/Joinville): “As entidades públicas que pedem lockdown de 14 dias (proposto pelo MPSC e Procuradoria Geral do Estado) deveriam descontar na totalidade os dias parados dos salários de todos os servidores. Está muito fácil para entidades públicas pedir lockdown, tendo ou não tendo, o dinheiro entra”. Para Kennedy, o recrudescimento da pandemia se deve às baladas, proibidas, mas que acontecem a toda hora.

“Que façam sua parte”

Discurso do deputado Bruno Souza (NOVO/Florianópolis): “O Estado arrecadou R$ 3 bilhões em janeiro, entretanto no ano passado inteiro somente destinou R$ 54 milhões para linha de crédito aos pequenos empreendedores. Enquanto isso, temos órgãos públicos propondo lockdown. Que façam sua parte, abram mão de parte da sua receita, mostrem que estão dispostos a compartilhar a crise, a abrir mão do salário durante o tempo que estiver parado”.

Moisés não assina

Uma carta divulgada na quarta-feira (10) pelo Fórum Nacional de Governadores, sugerindo atuação pactuada entre Executivo, Legislativo, Judiciário, governos federal, estadual e municipais para luta unificada contra pandemia do coronavirus, não consta a assinatura do governador Carlos Moisés (PSL). Governadores: do Rio de Janeiro, Paraná, Roraima, Rondônia, Amazonas também não assinaram.

Ações compactuadas

O documento apela por uma integração de todos os sistemas hospitalares usando ao máximo as disponibilidades existentes a partir de planejamento e análise diária de cenários em cada Estado. Resumindo, se um estado decretar lockdown por determinado período, os demais teriam de adotar a mesma medida. Para quem tem pretensões políticas em futuro próximo, fechar tudo agora seria um desastre. E Moisés as tem. Por isso mesmo não assinou a carta.

Há garantias?

A intenção de muitos prefeitos e do próprio governo do Estado de comprar vacinas de laboratórios diferentes pode complicar, mais à frente, o calendário de vacinação. Os laboratórios, afinal, dão garantia de que novos lotes das mesmas vacinas serão entregues no curto prazo para a necessária segunda dose? Não é isso que estamos vendo hoje. 

Berger repete 2010

Senador Dario Berger (MDB), sem base partidária e que concordou com as prévias no partido para escolha do candidato a governador em 2022, agora tenta cooptar deputados e prefeitos para se posicionarem contra. Como ocorreu nessa semana em sala da Assembleia Legislativa. Berger quer ser candidato de consenso à cadeira de Carlos Moisés (PSL). Tinha a mesma pretensão já em 2008, quando reeleito prefeito de Florianópolis. À época o governador Luiz Henrique da Silveira “encheu a bola” de Berger ao dizer que ele era um “nome forte para qualquer coisa”, mas que seria objeto de pesquisa dentro do partido.

A força da LHS

Em 2010, Mariani e o hoje senador Dário Berger, na tentativa de assumirem o comando do partido, foram derrotados nas disputas pela presidência estadual do MDB, na prévia do partido para escolha do candidato a governador em 2014 e na votação pela manutenção da chamada Tríplice Aliança (DEM/MDB/PSDB) que reelegeu Raimundo Colombo. Ainda em 2010, LHS (que faleceu em 2015) e Paulo Bauer (PSDB) se elegeram para o Senado. Berger foi “escanteado”. Em 2014 Dário se elegeu senador e aí, sim, com as bênçãos de LHS.

Notícias relacionadas

x