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Daniela de joelhos

Bancadas do PSD, MDB e PP continuam fechadas com o governador Carlos Moisés (PSL) e torcendo para que ele volte o mais rapidamente possível

04/04/2021

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Além do currículo de serviços prestados ao PT nos governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff (leia coluna Toma lá, da cá), o ex-deputado federal Leodegar Tiskoski (PP) também ocupou a Secretaria dos Transportes no segundo mandato de Esperidião Amin (PP) como governador. Candidato à Câmara dos Deputados em 2018, fez 34.190 mil votos e foi cabo eleitoral de Gelson Merisio, adversário de Moisés e Daniela. A exemplo do novo chefe da Casa Civil, Gerson Schwerdt, cabo eleitoral de Mauro Mariani (MDB). Agora, Tuskoski ocupa uma das mais importantes secretarias neste governo interino. Foi indicado pelo deputado Laercio Schuster (PSB), -com as bênçãos de Esperidião Amin (PP)- o único deputado a votar a favor do impeachment de Moisés. Com isso, se abre importante espaço eleitoral para Schuster no Sul catarinense. E tudo isso sem qualquer pudor, como sempre.

Denúncia 1

Trecho de reportagem da Revista Isto É, edição de setembro de 2011, denuncia Tiskoski. Abre aspas: “ Assim como o PR transformou o Ministério dos Transportes, o Partido Progressista (PP) vem atuando de forma similar no Ministério das Cidades, um dos carros-chefe do Programa de Aceleração do Crescimento, dono do terceiro maior orçamento da Esplanada, com investimentos de R$ 7,6 bilhões previstos para este ano. Dos gabinetes do Ministério, o tesoureiro do PP, Leodegar Tiscoski, assim como outros executivos ligados ao partido, libera recursos para obras consideradas irregulares (e superfaturadas) pelo Tribunal de Contas da União, algumas delas com recomendação de “retenção dos pagamentos”, e favorece empreiteiras que contribuem financeiramente para as campanhas eleitorais do PP.

Denúncia 2

E segue a reportagem de Isto É:”A atuação de Tiscoski é um flagrante da promiscuidade instalada no ministério. Desde 2007 ele é o secretário nacional de saneamento do ministério e no ano passado exerceu dupla função. Ao mesmo tempo que, como funcionário público, geria obras de saneamento em todo o País, ele operava como tesoureiro nacional do partido. Ou seja, em ano eleitoral, era ele quem, a partir de posto privilegiado, arrecadava recursos para financiar as campanhas do partido. Tiscoski afirmou à ISTOÉ que em março de 2010 se licenciou do cargo de tesoureiro. “Solicitei meu afastamento das funções de tesoureiro e no período eleitoral eu não exercia mais a função de tesoureiro.” É mentira. Documentos do Tribunal Superior Eleitoral mostram que em dezembro do ano passado (2010) Tiscoski assinou a prestação de contas do partido. 

Sucessão de Moisés

Bancadas do PSD, MDB e PP continuam fechadas com o governador Carlos Moisés (PSL) e torcendo para que ele volte o mais rapidamente possível. No outro prato da balança de negociatas escancaradas visando o governo do Estado em 2022 estão o senador Jorginho Mello (PL) e o ex-deputado Gelson Merisio (PSDB). Candidatíssimos à sucessão de Moisés, ambos trabalharam para que a governadora interina Daniela Reinher fosse excluída dos processos de impeachment. Seria uma articulação a três? Do lado de Moisés, nenhum nome capaz de fazer frente a eles nas urnas.

Promessa

Dia 9 de novembro de 2020 a imprensa do Vale do Itapocu noticiou que ainda no primeiro trimestre de 2021 a rodovia SC-108, entre Guaramirim e Massaranduba, em estado de miserabilidade há anos, seria totalmente reconstruída. Era o anúncio (de novo) do projeto de duplicação do trecho feito pela governadora interina, Daniela Reinher, e pelo então secretário de Infraestrutura, Thiago Vieira (que ela acaba de demitir) em visita a Jaraguá do Sul.  

Realidade

O primeiro trimestre já acabou e aquele trecho da rodovia segue destruído e destruindo amortecedores, pneus, rodas e por aí vai, um prejuízo do qual ninguém é ressarcido. O projeto nunca saiu do papel. Agora, a proposta foi novamente retomada, mas sem prazos de conclusão. A licitação está prevista para junho. Mas, pelo visto, até a contratação de empreiteira e conclusão da obra, nenhuma melhoria, nem mesmo a tapação dos buracos maiores.

Vai esperando

Em 2008, o volume de chuvas provocou uma tragédia sem precedentes no Vale do Itapocu. Na serra de Pomerode, por onde passam centenas de veículos de todo tipo todos os dias, houve escorregamentos, interditando a pista em vários pontos e destruindo casas. E só agora, passados 13 anos, estudos geotécnicos de contenção de encostas devem ser feitos pelo Estado. O mato cresceu, mas quem viu sabe exatamente onde mora o perigo.

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