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Da TI para Sala de Aula

Hoje nossa conversa é com a Professora Karen, que trouxe de casa a inspiração para se tornar Professora e explica assim o que é ser Professora:
“Para bem educar é preciso amar, e amar a todos igualmente.” como já dizia São Marcelino Champagnat.

27/10/2020

Quem é a Karen?

Me chamo Karen Carvalho, tenho 30 anos, sou natural de Porto União/SC e há oito anos resido em Jaraguá do Sul. Venho de uma família de professoras, e vivi boa parte da minha infância dentro da escola tanto no período regular de aula, quanto no contra turno. Nos dias em que fazia atividades extraclasse, passava os intervalos na escola em que minha mãe trabalhou como professora por mais de 28 anos, ajudando nas mais diversas funções como secretaria, passando atividades no mimeógrafo, ou apenas assistindo às aulas da minha mãe. Sem dúvidas ela é o meu maior exemplo tanto como pessoa quanto profissional. Até hoje, muitas vezes em sala de aula me pego com algum trejeito dela.

Porque ser Professora?

Bom, mas ser professora foi algo que eu nunca almejei. Fiz minha primeira graduação em Sistemas de Informação, pela Uniguaçu, na minha cidade natal. Por ser uma cidade pequena, nem eu, nem meu então namorado (hoje marido e super parceiro de vida) encontramos possibilidades de emprego, e viemos para Jaraguá do Sul.

Sou extremamente apaixonada por Porto União e me doeu muito ter saído de lá. Por outro lado, foi aqui que me encontrei enquanto profissional quando tive minha primeira oportunidade de emprego em uma escola estadual. A princípio, imaginei que seria algo temporário, mas minha carreira como professora se transformou em uma grande paixão e no segundo mês de trabalho, eu já estava cursado Licenciatura em Informática.

Meu primeiro cargo foi como professora orientadora de Tecnologias Educacionais, na EEB Alvino Tribess. Lá encontrei pessoas que me acolheram muito e que trago comigo até hoje, assim como em todos os lugares por onde passei. Posteriormente trabalhei na HOMAGO, Abdon Batista e Valdete Piazera, a cada escola com um novo desafio. Mas foi na Escola Valdete Piazera onde tive certeza que estava no caminho certo, trabalhando com o Ensino Médio Profissionalizante.

Poder contribuir diretamente com a formação de profissionais é algo encantador. Atualmente, trabalho com Tecnologia Educacional no Colégio Marista São Luís. Meu trabalho é mais focado nos bastidores, mas sempre que posso me jogo em sala de aula com as crianças, pois é onde recarrego minhas energias. Além de trabalhar na formação de professores para o uso de recursos digitais e metodologias ativas de aprendizagem. E mais recentemente, iniciei minha jornada docente no Ensino Superior, realizando um grande sonho. Posso dizer que essa terrinha tem me proporcionado a realização de muitos sonhos, e sou extremamente grata a isso.

Quem é a professora Karen?

A professora Karen ou Prô Karen, em sala de aula é bem de lua, assim como sou na vida, em um dia estou fazendo brincadeiras e no outro estou super séria, mas é só surgir aquela piadinha sem graça que os alunos já me ganham.  Sou muito exigente com meus alunos, e ao mesmo tempo crio laços afetivos, afinal, como já dizia São Marcelino Champagnat, “Para bem educar é preciso amar, e amar a todos igualmente.” Acredito que o ser professor é algo que vai muito além da profissão, é uma missão de vida, e se você não gostar do que faz, não será um bom professor. Amor, resiliência e empatia são palavras que para mim, definem muito bem a educação.

Você acredita que a Educação mudou?

Em um panorama geral, acredito que a educação mudou e vem mudando muito desde a minha época de aluna na Educação Básica. Vejo que hoje em dia nos preocupamos muito mais em dar um real significado para a aprendizagem dos nossos alunos e, percebemos também que a escola não é apenas um lugar para se aprender os conteúdos do livro didático, mas sim um espaço para se desenvolver habilidades extremamente importantes para a convivência e desenvolvimento da sociedade, tais como criatividade, a capacidade de se trabalhar em equipe, a criticidade, a capacidade de saber se comunicar, entre outras. Sou muito suspeita a falar, mas a inserção das tecnologias digitais vem colaborando e muito com o desenvolvimento desses estudantes e vejo essas mudanças como algo muito positivo.

 

Por

Professor Pesquisador, Mestre em Educação, Especialista em Planejamento Educacional e Docência do Ensino Superior, Historiador e Pedagogo. Entusiasta da Educação

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