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Carlos Moisés é alvo de chacotas na Assembleia Legislativa

O anúncio feito pelo governador Carlos Moisés (PSL), de que disponibilizou um telefone exclusivo para que os deputados estaduais possam falar com ele segue sendo motivo de chacotas na Assembleia Legislativa. O deputado Laércio Schuster (PSB), por exemplo, sugeriu que Moisés saia da Casa D’Agronômica (sede do governo) para conhecer…

25/05/2020

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

O anúncio feito pelo governador Carlos Moisés (PSL), de que disponibilizou um telefone exclusivo para que os deputados estaduais possam falar com ele segue sendo motivo de chacotas na Assembleia Legislativa.

O deputado Laércio Schuster (PSB), por exemplo, sugeriu que Moisés saia da Casa D’Agronômica (sede do governo) para conhecer a realidade das ruas.

Um coronel sentado na cadeira de chefe, e acha que trazendo essa ‘grande solução (o telefone exclusivo) vai ajudar Santa Catarina a, principalmente, sair das páginas policiais”, disparou Schuster, cobrando soluções para o desemprego, socorro aos hospitais, à indústria e ao comércio.

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Já há quem defenda abertamente que o controle sanitário de combate ao COVID 19 em Santa Catarina seja feito pelos municípios e não ditado apenas pelo Estado. Aliás, o próprio Supremo Tribunal Federal já decidiu que o controle seja feito pelos estados e municípios. Porém, por decreto, governadores decidiram que cabe tão somente às prefeituras ampliar as restrições e não a autonomia para flexibilizá-las.

O que tem provocado transtornos de toda ordem. Exemplo: até ontem (21) 118 dos 295 municípios de SC não tinham registro de nenhum caso.

E, ainda, dezenas de outros com menos de cinco casos, sem qualquer risco aos sistemas de saúde locais. Porém, todos submetidos às mesmas regras. Na quarta-feira (20) no âmbito do governo estadual, ventilou-se a possibilidade de regionalização das ações sanitárias.

Ou seja, seguindo regras básicas preventivas, esses municípios poderiam voltar à normalidade em suas atividades produtivas sem riscos maiores à saúde da população. Há quem diga que o recuo evidencia que ações em proveito político próprio, deram errado.

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Amandio João da Silva Júnior, secretário da Casa Civil do governador Moisés, deu garantias ao deputado Vicente Caropreso (PSDB) de que todas as emendas impositivas relativas a 2019 serão liberadas até dia 31 de maio. Explicando: parte do orçamento anual é destinada, obrigatoriamente (como ocorre no Congresso) para a política de varejo do parlamentar faz em suas bases eleitorais.

Em 2019, cerca de R$ 245 milhões para emendas individuais e outros R$ 49 milhões em emendas de bancadas. É o toma lá, dá cá em troca de apoio político.

Para 2020, são R$ 256 milhões (ainda devidos integralmente) que o Estado quer pagar diretamente às prefeituras, sem intermediários, conforme proposta encaminhada à Assembleia Legislativa pelo governador Carlos Moisés (PSL) em fevereiro desse ano. “Sem burocracias”, defende o governador. A proposta, por motivos óbvios, segue engavetada na Assembleia e sem qualquer expectativa de ser votada logo. Porque, se aprovada, derruba o poder de barganha de deputados com prefeitos e instituições.

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