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Bolsonaro estende a mão e concede reforço advocatício à Daniela no processo de impeachment

Fiel escudeira de Jair Bolsonaro (Aliança Pelo Brasil), a ponto de romper com o próprio governador, Daniela viu o presidente estender a mão ao determinar que a advogada Karina Kufa, que o atende pessoal e exclusivamente, assuma a defesa dela.

12/08/2020

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Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

A vice-governadora Daniela Renher (sem partido), ganhou reforço advocatício em sua defesa no processo de impeachment aberto pela Assembleia Legislativa contra o governador Carlos Moisés (PSL) no caso da isonomia salarial para procuradores do Estado. E que, por extensão, a envolveu também. Fiel escudeira de Jair Bolsonaro (Aliança Pelo Brasil), a ponto de romper com o próprio governador, Daniela viu o presidente estender a mão ao determinar que a advogada Karina Kufa, que o atende pessoal e exclusivamente, assuma a defesa dela.

Na semana passada, Daniela esteve em Brasília participando de eventos nacionais do Aliança Pelo Brasil e onde, por dois dias, conversou com várias lideranças do novo partido. Inclusive com o presidente Bolsonaro, que a recebeu em audiência no Palácio do Planalto. A inclusão dela no processo de impeachment contra o governador Carlos Moisés é vista, pela cúpula do APL, como um golpe para impedir que ela assuma o cargo no caso de uma cassação do mandato de Moisés.

Tesoureira do Aliança pelo Brasil, o novo partido de Bolsonaro em fase de criação, Karina é especialista em direito eleitoral e professora de Direito Público e Digital. Defende o presidente junto ao Tribunal Superior Eleitoral em ações que tentam cassar o registro da chapa Bolsonaro/Mourão. Ou em eventuais ações cíveis e criminais.  Com escritório em São Paulo, sua aproximação com o presidente se deu na campanha de 2018 Com isso, sai dos holofotes o advogado Filipe Mello, filho do senador Jorginho Mello (PL), agora um ajudante de Karina.

A Casa Civil do governo do Estado está sem um titular há quase dois meses, desde a saída repentina do empresário Amandio João da Silva Júnior, em 11 de maio, que substituiu Douglas Borba, hoje em prisão domiciliar, depois do escândalo da compra de 200 respiradores da China por R$ 33 milhões pagos adiantado.

A função, guardadas as proporções, é tão importante estrategicamente e politicamente quanto a Casa Civil do governo federal. Trata-se de uma assessoria direta ao governador no relacionamento com os demais poderes visando uma integração das ações do governo com a sociedade. O que, na prática, não ocorre normalmente desde a posse, em janeiro de 2019.

Nos bastidores comenta-se abertamente que a nomeação do novo titular vem sendo negociada no sentido de preservar a cabeça do governador Moisés no processo de impeachment instalado pela Assembleia Legislativa. Para o cargo iria um deputado estadual, reatando o abalado relacionamento entre o Executivo e o Legislativo.

Deputado Sergio Motta (Republicanos), ligado à Igreja Palavra Profética no Bom Viver, quer que prefeitos respeitem lei de autoria do colega Jair Miotto (PSC), reconhecendo a atividade religiosa como essencial para a população em tempos de crises ocasionadas por moléstias contagiosas ou catástrofes naturais, devido ao aumento no número de suicídios e depressão. Por conta de templos e igrejas fechados, prejudicando o atendimento espiritual às pessoas.

Sabemos da gravidade da doença, mas é preciso que saibam, também, que as pessoas estão abaladas, precisam de orientação espiritual, ajuda psicológica e neste momento é a igreja que procuram para um pouco de conforto espiritual”, alegou o deputado. Para ele, é uma incoerência dos prefeitos permitirem aglomerações no comércio e bancos, por exemplo e, ao mesmo tempo, proibir que as igrejas abram as portas para as pessoas.

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