Colunas

BR-280 e a participação dos senadores Amin e Dário Berger

Amin foi visto por aqui no primeiro semestre de 2019 (edição de 25 de junho do JDV). Trouxe R$ 300 mil para os hospitais Jaraguá e São José (R$ 150 mil cada um) em emenda parlamentar. De Berger, nem a fotografia desde então.  E nem pode ser diferente! Afinal, quem cobra deles? 

02/03/2021

BR-280 e os senadores

 “Não tenho dúvida de que, se o senador Dário Berger (MDB) e eu não procurarmos este caminho de justiça para essas duas obras, nós seremos omissos, e não há divergência partidária que possa perdoar isso”. Do senador Esperidião Amin (PP) sobre recursos aprovados na Comissão de Infraestrutura do Senado para duas rodovias federais: BR-470, com R$ 123,2 milhões e outros R$ 100 milhões para a BR-163 (Extremo-oeste). E para a BR-280? Nada! Só de Jaraguá do Sul, em 2018 Amin levou 27.792 mil votos. Em 2014, 20.432 mil votos para Berger. Amin foi visto por aqui no primeiro semestre de 2019 (edição de 25 de junho do JDV). Trouxe R$ 300 mil para os hospitais Jaraguá e São José (R$ 150 mil cada um) em emenda parlamentar. De Berger, nem a fotografia desde então.  E nem pode ser diferente! Afinal, quem cobra deles?

 

Lunelli assediado

Lideranças partidárias do PP, que ainda existe por causa do carisma de Esperidião Amin, e do PSD, “aconselham” Antídio Lunelli (MDB) a mudar de partido se quiser, mesmo, disputar a majoritária para governador, renunciando ao cargo de prefeito. Isso porque, ao abrigo da sigla, não terá a menor chance. Avaliam que há chances porque a “onda Bolsonaro” não terá os efeitos devastadores de 2018. De fato, não. Mas nem por isso terá pela frente adversários medíocres.

O que dirá o MDB?

Mas, afinal, qual será o tom do discurso do MDB disputando a cadeira de Moisés se o próprio partido acaba de se bandear para o governo ocupando a secretaria estadual da Educação? A cúpula emedebista só não aceitou comandar a Casa Civil porque a vaga na Assembleia seria ocupada por um suplente do PSDB. E, mais: se PP e PSD querem Lunelli é porque não têm e nem terão candidato melhor já que Amin deve ficar fora da contenda.

Julgamento marcado

Em meio a pandemia sem controle do coronavirus, com a rede de saúde pública colapsada e profissionais da saúde esgotados física e mentalmente, finalmente o desembargador Ricardo Roesler, presidente do Tribunal Especial de Julgamento (desembargadores e deputados) marcou para 26 de março o julgamento do governador Carlos Moisés no caso da compra dos 200 respiradores pulmonares da China.

O dinheiro sumiu

Equipamentos pagos à vista e adiantado- R$ 33 milhões- sem qualquer garantia de prazos de entrega (nunca foram entregues). Além do que, em modelos inservíveis no tratamento de pacientes com a Covid-19. Mas, Moisés está tranquilo. A estas alturas do campeonato, já inocentado em investigações da Polícia Federal e pelo próprio Tribunal de Contas do Estado, não corre o mínimo risco de cassação. E o dinheiro, onde e com quem está?

Toma lá, dá cá

Moisés, bem orientado depois de dois anos desprezando o diálogo com deputados e outros poderes públicos, partiu para uma política de cooptação de parlamentares de oposição a quem ofereceu secretarias importantes com orçamentos polpudos para investimentos que podem gerar, já em 2022, bons dividendos nas urnas. Com isso, PP, MDB e PSD se bandearam para a base aliada, onde já estava o PSDB. E segue o baile.

Cara de pau!

“Depois de um ano tão difícil para todos, senti que precisava muito parar, mesmo que por poucos dias, e lembrar que, como todos seres humanos, temos limites. Infelizmente, a situação no nosso Estado se agravou numa velocidade inimaginável, fato que exigia minha presença com urgência”. Discurso do prefeito de Florianópolis e candidato virtual a governador, Gean Loureiro (DEM), flagrado em Cancún (México) com a família para onde foi em férias. De lá mesmo, em vídeo, determinou um “fecha quase tudo” por 14 dias na Capital, que está sem vacinas, com as UTIs lotadas e os profissionais da frente de luta contra a Covid-19 esgotados física e mentalmente.

Policiais e bombeiros

Ainda neste primeiro semestre do ano deve chegar à Assembleia Legislativa projeto de lei do governo propondo índices de reajuste salarial para policiais e bombeiros militares. Em 2019 e 2020, antes da pandemia do coronavirus, que acabou por interromper as conversas, negociações caminhavam para um percentual de 17,5% e que, agora, deve ser maior. Nas contas do Executivo, o governo deve cerca de 37% acumulados entre 2016 e 2020.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

Notícias relacionadas

x