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A favor do voto impresso

Que classe política é essa que tem interesse num voto que você não pode contar?

18/05/2021

A favor do voto impresso

“A quem interessa um voto que não pode ser auditado? Que classe política é essa que tem interesse num voto que você não pode contar? Que tipo de sujeito é esse [que defende esse modelo]? A direita está se mobilizando no Brasil inteiro e nós vamos ter o nosso voto que pode ser conferido”. O discurso é do deputado Sargento Lima (PSL/Joinville) em defesa de urna eletrônica com voto auditado (impresso). A urna eletrônica, criada por um catarinense de Brusque, cidade pioneira no país, é usada desde 1996.

“A urna é segura”

A urna eletrônica passa por processo de auditoria antes da votação. A Justiça Eleitoral faz demonstrações da veracidade dos votos antes do pleito em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil e convida os partidos políticos. A conferência é pública. Fontes do Tribunal Regional Eleitoral afirmam que é tradição os partidos não comparecerem ao ato. O Presidente do TRE/SC, desembargador Fernando Carioni, defende que a urna é segura e afirma que ninguém até hoje, comprovou uma fraude.

“É discurso político”

Já o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, afirmou na sexta-feira (14), em cerimônia de lançamento de uma campanha sobre a segurança e transparência da urna eletrônica, que a mudança para o voto impresso seria “inútil relativamente ao discurso da fraude”.  “Esse é um discurso político. Nos Estados Unidos, havia voto impresso e boa parte dos que defendem o voto impresso no Brasil disseram que houve fraude nas eleições dos Estados Unidos. Então, ficaríamos no mesmo lugar”, afirmou.

Cargos e salários

Deputado Vicente Caropreso (PSDB) será o relator de uma comissão mista criada na Assembleia Legislativa para formalizar um anteprojeto de lei focado em modificações no atual plano de cargos e salários do magistério estadual. A comissão é presidida pela deputada e professora Luciane Carminatti (PT/Chapecó) e tem como vice-presidente o deputado Sargento Lima (PSL/Joinville. Caropreso e Lima compõem a base aliada do govenador Carlos Moisés (PSL).

 Tudo acertado

Rogério Peninha Mendonça (MDB), atual deputado federal, já está em campanha para senador. Mendonça, amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) escolheu Rafael Penzetti, jornalista, seu chefe de gabinete em Brasília há 14 anos, para sucedê-lo na Câmara dos Deputados. E vai apoiá-lo na campanha a deputado federal. Em dobradinha com Jerry Comper (MDB), que tentará a reeleição para deputado estadual.

Casildo Maldaner

Um câncer que afeta o sistema nervoso do ex-senador e ex-governador Casildo Maldaner (MDB) o tirou da disputa majoritária de 2018, como candidato a vice na chapa de Mauro Mariani. Ele é irmão do deputado federal Celso Maldaner (MDB). Em janeiro de 1990, com a morte do então governador Pedro Ivo de Figueiredo Campos, Casildo, que era o vice, assumiu o governo. Ele está internado no Hospital de Caridade (Florianópolis) em estado gravíssimo.

MDB sem discurso

Enquanto mantém a eleição prévia, com seus 185 mil filiados, o MDB não tem discurso para justificar candidatura própria à sucessão de Carlos Moisés (PSL). Até porque ocupa duas importantes secretarias estaduais- Fazenda e Educação- além de uma penca de outros cargos. Ou seja, o MDB escolherá entre Antidio Lunelli, Celso Maldaner e Dario Berger, em agosto, o sucessor de Moisés, mas continuará no governo? Ou, definido o candidato, vai desembarcar? Tudo bem se Moisés, por conta de uma coligação e em outro partido, tentar vaga ao Senado. 

Vale tudo pelo voto

Em ano pré-eleitoral, nada surpreende. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o governador Carlos Moisés (PSL) se abalaram para Blumenau onde, com o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) inauguraram uma creche. Também se ouviu discursos empolgados dos secretários estaduais da Educação, Luiz Fernando Vampiro, e da Articulação Nacional, Lucas Esmeraldino. Além dos deputados Coronel Mocellin (PSL), Ismael dos Santos (PSD) e Ricardo Alba (PL). Exceto o ministro, todos vão disputar cargos eletivos em 2022. E isso explica tudo.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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