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Pé na estrada

Merisio foi para o PSDB com o aval da executiva tucana, mas nas bases eleitorais do partido ainda é um ilustre desconhecido.

27/06/2021

Pé na estrada

Aumenta o ritmo da peregrinação de candidatos para convencer correligionários de que podem ocupar a cadeira de Carlos Moisés (PSL) em 2023. Um deles é o ex-deputado Gelson Merisio (PSDB).

Em 2018, quando ainda no PSD, no segundo turno foi “engolido” por Moisés, mesmo apoiado por 15 partidos, entre eles o PP, PSD e DEM. Merisio foi para o PSDB com o aval da executiva tucana, mas nas bases eleitorais do partido ainda é um ilustre desconhecido.

Mello já definido

Até agora, o único nome confirmado à sucessão de Moisés é o senador Jorginho Mello (PL). Segundo mais votado para uma das duas vagas de senador em 2018, atrás de Esperidião Amin (PP).

Amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro, que promete apoiá-lo nessa empreitada, fez 1.179.757 mil votos, apenas 46 mil a menos que Amin. Entre os partidos de maior expressão eleitoral nas urnas em 2018, MDB, PP, PSD, PSL e PT ainda não definiram os cabeças de chapa.

Pelas prévias

Em nota, a Juventude do PMDB defende a eleição prévia interna para definir o candidato a governador, evento suspenso pela diretoria executiva alegando riscos de aglomerações por conta da pandemia do coronavírus. “… a expressão que dá nome ao nosso partido, Movimento Democrático”, diz a nota, deveria ser praticada para apontar o melhor caminho.

Pressões internas

Na verdade, o evento foi suspenso por conta de pressões internas vindas do senador Dario Berger e apoiadores de sua candidatura, na tentativa (tardia) de se evitar uma cizânia.

O comando da JPMDB percebeu esse movimento com a clareza necessária. E tudo o mais que a executiva do partido argumentar é pura falácia.

Nada de novo no front

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, recebeu ontem (24) da Federação das Associações Empresariais e da Federação da Indústrias de Santa Catarina, ofícios reivindicando mais investimentos rodoviários, com destaque para as BRs- 282 (Sul do Estado) 101 (trecho Norte) e a 470 (Vale do Itajaí).

O presidente da Fiesc, Mário Cezar de Aguiar, é de Joinville, mas a cidade não sofre com o tráfego de caminhões que demandam ao porto de São Francisco do Sul pela BR-280. Talvez isso explique o pouco empenho por essa rodovia.

Obras que se arrastam

E a nossa representação política federal, sempre bem votada por aqui? Aliás, no quesito aplausos somos eficientes, há décadas.

Deveriam, isso sim, protestar em alto e bom som, chamar a atenção da mídia estadual (bairrista por natureza) mostrando o tamanho do prejuízo por conta de uma rodovia obsoleta (a 280), depauperada, com obras de duplicação que se arrastam há mais de sete anos sem qualquer previsão de conclusão.

Acomodados, sim!

Mas, não. Nosso hábito é resmungar atrás da porta. Ou a fala macia com quem não nos respeita. O que, por si só, explica tudo. Em tempo: o presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado é o senador Dario Berger (MDB).

Já o deputado federal Carlos Chiodini (MDB preside a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados. Ontem (24) Berger, pré-candidato a governador, cobrou do ministro obras emergenciais na BR-282, entre Lages e Florianópolis. Se alguém falou sobre a BR-280, não deu para ouvir.

Por

Nascido em Blumenau, 72 anos, 57 de profissão, incluindo passagens pelo rádio. E em jornais diários como A Notícia (Joinville), Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e O Correio do Povo (Jaraguá do Sul)

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